Falta agora uma semana até voltarmos a aterrar em Portugal. Cada vez que penso nos dias que faltam, lembro-me do momento em que levantei voo do Porto sem fazer a mínima ideia quando poderia voltar. Naquele momento, tudo o que eu tinha era o exílio e isso deixava-me profundamente triste.
Não é difícil imaginar como me senti estranha depois de aqui aterrar pela primeira. No carro chorei por não saber como gerir as saudades e os dois primeiros dias foram uma mistura nebulosa de dor de cabeça, cansaço, limpezas e uma casa que ainda não era a "nossa".
O tempo passou e, depois de toda a burocracia e emprego e creche e a criação de uma rotina de raíz, eu gosto do Luxemburgo. E gosto mesmo, apesar de ainda ser Verão e já estarem só quatro graus de manhã. A nossa vida mudou radicalmente e conseguimos coisas nestes primeiros meses que nos levariam anos em Portugal. Não é fácil estar longe, muitos dias apetece entrar no primeiro avião que aparecesse mas agora esta é também a "nossa" casa.
Mas estar de bem com a nossa escolha, aproveitar esta oportunidade única não significa que não esteja a contar os dias (sim, segui a sua sugestão e fiz um pequeno calendário para riscar os dias!) e que não caiba em mim de contente por saber o que poder fazer durante duas semanas. Muita coisa envolve comida, é certo! Mas acima de tudo abraçar a minha família e amigos, sentar-me à mesa com todos, poder partilhar o bebé Vicente com todos - é tudo o que tenho desejado nestes últimos dias. E vou continuar a contar, estando cada vez mais perto, imaginando-me de regresso a casa. E se o conforto desta imaginação já é tão grande, nem imagino como será estar lá.
3 comentários:
Essa to-do-list é só de petiscos! :D
um dia, vais me explicar muito bem toda esta história- e esse dia está para breve ! beijos e até já
*
Faz favor não relegar o "meu" kindle para o fim da lista/semana, tá? ;)
Enviar um comentário