novembro 06, 2012

Um lema para os trinta e três *


Passam hoje trinta e três anos desde que nasci. Gostava de conseguir imaginar-me como bebé mas tenho a sensação que fui sempre assim e, como não sinto nostalgia de nenhuma época em particular da minha vida, perco apenas o tempo essencial a pensar nisso.

Vai ser um aniversário diferente: já antes o tinha passado longe de casa, da família, dos amigos mas intencionalmente. Lembro-me dos vinte e cinco anos em Amesterdão, em pleno Erasmus, sem um sítio decente para dormir senão o carro que tínhamos alugado, ou os vinte e oito em Bruxelas com o meu grande amigo R. brindando num bar cheio de fumo. Mas desta vez a distância foi-me imposta - por mim, claro, que decidi mudar-me para aqui mas mesmo assim custa um bocadinho. Um bocadinho só. Pelo menos agora já tenho um filho que me pode cantar os Parabéns e roubar-me o protagonismo no momento de soprar as velas e por isso dou-me por satisfeita.

Tinha este postal perdido nas caixas das mudanças e quando me chegou às mãos este fim de semana foi como se fosse um sinal. Eu sei que muitas coisas são difíceis mas, se parar para pensar, há algumas que só precisam de nós para acontecer. E por isso gostava de adoptar isto como o meu lema nos próximos anos: nada é impossível! E assim sendo há umas coisas a que me proponho no futuro: perder peso (claro, e como eu todas as mulheres), ter mais filhos (provavelmente só mais um, há que testar a logístia do plural), continuar a viver pelo Mundo (embora me tenha afeiçoado ao Luxemburgo e agora esteja a aprender a gostar do frio, do campo, da língua demoníaca) e escrever um livro. Infelizmente, para este último desejo falta-me muito, inclusivamente perceber como se faz. Mas ninguém paga por tentar!

E prometo tentar viver com menos ansiedade, aceitar os ensinamentos que os momentos mais vulgares nos trazem tantas vezes, ser menos colérica e impulsiva, duvidar menos do meu desempenho maternal, gastar menos e não me esquecer que o nosso filho é apenas uma criança. Nada mau, para apenas mais um anos de vida.

E hei-de acreditar tanto em mim como a minha mãe e o meu pai. Eles sabem bem o que dizem. E criaram duas miúdas porreiras, mesmo que não muito normais. No final de contas, os Parabéns são todos para eles :)

2 comentários:

Anita disse...

Muitos parabens, felicidades
acredite que tudo vai correr bem :)

Dalma disse...

Marisa, embora com três dias de atraso aqui ficam os meus parabéns e que os teus desejos/propósitos sejam uma realidade.
O atraso deve-se ao ter estado de serviço aos 3 netos da P.
Beijinhos