Esta hora de almoço é o único tempo verdadeiramente livre que tive esta semana. Entre o trabalho (a cavalgar desenfreadamente para a fase terminal), as aulas (em que não tenho feito muitas amizades, é um facto) e uma formação em empreendedorismo (em que fiz bastantes amizades, é de estranhar) ia-me dando um chilique. Sobre esta coisa das amizades ou das relações, ainda hei-de um dia escrever um tratado. Não consegui ainda deslindar o que está atrás da química que aproxima ou afasta as pessoas. Já tentei ser muito simpática, desligada, tímida e extrovertida também mas nunca tenho a certeza do que é que funciona.
Tive direito a médico ao domicílio, jantar numa pizzaria gourmet e ele levou-me por umas horas de volta à altura em que os meus pais me abandonavam em Lisboa pelas primeiras vezes - fui ver os Skunk Anansie, pois. Estou a viver as últimas horas antes dos meus trinta anos, aquela década em que supostamente todos começamos a viver mesmo. Já me apeteceu mais, já me foi indiferente, já quis que chegasse a hora. Agora, estou a hesitar perante a ideia de ser trintona mas eles não param e não há que possa fazer para os impedir de chegar. Daqui a sete horas, dobro mais uma década. Medo.
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