julho 26, 2004



 
To all my friends in Newcastle. I miss you guys :)

julho 18, 2004

Estive num intercâmbio com pessoal de Newcastle e um polaco de Lublin de 8 de Julho até ontem. Subordinado ao tema (parolo, diga-se) 'Addicted to sports', fizemos várias actividades com eles em vários pontos do nosso distrito, nomeadamente paintball, percursos pedrestes, canoagem, natação e montámos mesmo a cavalo.
Foi a minha primeira vez num projecto deste género mas já sei que agora vou ter que repetir. Criam-se laços fortes de amizade com as pessoas porque somos 'obrigados' a passar muito tempo juntos. Junte-se a isso um sentido de humor em comum (independente do país onde se nasceu) e uma grande vontade de 'Festa!' e temos a receita ideal para fermentar uma boa amizade.
Num acesso de loucura, acabei casada virtualmente com um deles. E com tanto inglês, tive que acabar logo casada com o único polaco do grupo (sigh)
 

 

julho 05, 2004

[encolhe os ombros]

[finge que não aconteceu nada enquanto assobia]

[não liga a televisão]

[ARGGGGHHH]

[pensa em desistir de gostar de futebol]

julho 04, 2004

E agora pergunto: será que, como eu, mais alguém sonhou com o jogo desta noite?


(aguarda os inúmeros dedos no ar)

julho 02, 2004

Os mortos dormem ao sol. E quanto mais calor eu sinto, mais tranquilidade eles reunem. Eles dormem enquanto nós suspiramos tanto. Debaixo dos ciprestes, eles estão dormentes, indiferentes à nossa dor, à sua ausência. Nada magoa mais e nós sujeitos ao ritual sempre exagerado e triste que os coloca definitivamente sob terra. Não quero chorar. Ninguém especial morreu mas continua-se a suspirar e ansiar pelo seu retorno.
Prolongamos demasiado uma vida que já não valia nenhum esforço: nem o choro, nem o cuidado médico, nem a dor.
Sopra o vento com força lá fora. As persianas batem zangadas, como se nos avisassem do fim. Não há fim. Não há nada depois disto. E eu queria acreditar, como fazem aqueles que demonstram sofrer mais. Queria acreditar que a vida é menos dolorosa depois, que nem o vento perturba aqueles que descansam sem querer. Eu quero descansar assim, sem que ninguém me peça contas de nada. E depois morrer sob este calor desumano, que não te deixa dormir e não ter que ouvir que alguém vai para casa só porque não aguenta o peso da mortalidade. Desistir é tão fácil. E eu estou zangada, porque nada impede que ele me sinta, nem mesmo a vontade de morrer antes de tudo, antes de todos... Nunca irei perceber a tua voz, embora me tenha enamorado da tua cara. À primeira.

julho 01, 2004

Cheguei demasiado cedo para a frequência de Filmologia e não suporto estar a rever apontamentos imediatamente antes de me sentar para escrever. Quanto mais tempo passa mais medo sinto da altura em que vou ter o enunciado nas mãos. (suspiro)
Estamos na final do Euro 2004, como poderia eu deixar passar isto em branco.. Chorei no jogo contra a Espanha porque na altura me parecia que era o mais importante e sem dúvida o mais decisivo mas agora a confiança aumentou tanto que não consigo comover-me da mesma maneira. Será ridículo sentir assim as coisas? Provavelmente. Mas deixei-me contagiar, como tantos, pela prestação brilhante da nossa selecção e nem mesmo o facto de ser mulher pode impedir-me de sentir todas as emoções de um jogo de futebol (isto para os homens que acham que as mulheres nem percebem nem sentem o mesmo que eles).
Foi impressionante passear ontem por Lisboa (já que a Carris resolveu mais uma vez fazer greve) e ver como se multiplicavam os símbolos de Portugal. Desde os cachecóis enrolados no pulso ou pendurados na mala, às bandeiras feitas cintos e fita para o cabelo, às camisolas (que algumas lojas estamparam oportunamente com as nossas cores e símbolos), todos queriam participar na festa e mostrar que se orgulham de ser portugueses (pena é que seja preciso uma equipa de futebol para gostarmos de ser quem somos..). Fico feliz quando vejo todas as pessoas unidas em torno de algo comum: pena é que isso não possa acontecer sempre, todos os dias.

Parabéns Portugal!
(engulo agora amargamente as palavras que disse no início: 'Nunca passaremos os grupos')