Até agora (e sublinho que é apenas até agora, visto que a gravidez se encontra exactamente a meio), ainda não senti nenhum desejo especial (bem, talvez por um bom frango assado) nem me apeteceu nenhum capricho a altas horas da madrugada (o que o pai da criança deve certamente agradecer). Mas tenho uma espécie de fixação com quase todo o género de fruta, mesmo tendo sido aconselhada por uma enfermeira do tempo da outra senhora a nunca comer mais do que três peças por dia (!). Ele é bananas, mangas, meloas cantaloupe, kiwis a monte, sumo de laranja todas as manhãs e, no outro dia, nêsperas.
É mais ou menos por isto que, quando espreito para os quintais nas traseiras da nossa casa, fico meio nervosa por ver aquelas árvores carregadinhas de frutos aparentemente maduros e com vontade de trepar árvore acima para encher os bolsos de nêsperas. E quem diz estas árvores diz as laranjeiras nos quintais à beira do nosso caminho para Lisboa, diz os morangos que ficam por apanhar, as cerejeiras que começam agora a florir. Consolo-me a pensar que podia ser pior: podia apetecer-me batatas fritas a toda a hora ou algo inusitado a altas horas da manhã. E vivo a pensar no dia em que poderei voltar a comer morangos. E sushi. E também já bebia uma mini, vá. Mas descasquem-me uma manga e uns dois kiwis e eu já fico contente.
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