novembro 24, 2011

(Eu não queria falar com isto mas ando com este assunto entalado na garganta e por isso vou dizer de uma vez: estou farta de mulherzinhas. Não é uma questão de género porque também conheço homens que são mulherzinhas sem sequer o sonharem. Estou cansada desta gente que acorda cansada e para quem tudo na vida é apenas uma soma de canseiras com fretes e mais obrigações. Gente que nunca está contente com as temperaturas, ora porque está muito frio, ora porque sente muito calor. Gente sem o mínimo brio profissional, sem qualquer vontade de ser melhor de apostar em si para no fim deixar sempre a culpa para os outros. Gente incapaz de ver the bigger picture, perceber que nem sempre o que vemos é o que parece, compreender que todas as histórias têm dois lados. Gente que não admite qualquer alteração ao tom de voz dos outros mas adora destratar pessoas por dá cá aquela palha. Gente que terá sempre, sempre uma palavra de descontentamento não importa sobre o quê, gente incapaz de aproveitar as pequenas coisas boas da vida, preferindo engolir tiradas atrás de tiradas de veneno. Gente que acha que tem apenas direitos e não deveres. Gente que faz tudo apenas por fazer, sem procurar um sentido último nas coisas.  Gente que diz que sim mas que não entende verdadeiramente o conceito de karma. Gente que acha que ganha uma miséria mas que trabalha muito menos que isso. É difícil conviver com gente assim, especialmente quando elas se multiplicam por todo o lado. Mas é por elas que eu, quando me ouço a ser assim, páro uns segundos e me impeço de continuar. É preciso ter cuidado: ser mulherzinha é contagioso.)

4 comentários:

Eurico Ricardo disse...

Li este post e fiquei uma com uma expressão idêntica à do aluno que leva uma reprimenda da Professora.

Helena Barreta disse...

Concordo consigo. Era esta a ideia que tinha de si e por isso gosto tanto de aqui vir.

Sou muito pouco tolerante para pessoas que estão de mal com a vida e com todos os que os rodeiam, é que não tenho paciência. Quando os "dramas" dessa gente são merdices insignificantes, afasto-me, fujo mesmo.

Neste dia, mas há 5 anos atrás, estava deitada numa cama de hospital, chovia torrencialmente e o vento era tão forte que metia medo, fazia 42 anos e não sabia se tinha futuro, ainda hoje não sei, por isso, mais do que festejar o aniversário, festejo e celebro o melhor, o único bem que nos pode fugir de um minuto para o outro sem nos dar tempo de nada: a Vida. Ainda para mais hoje está um dia lindo de sol e céu azul!

Um beijinho

M. disse...

Eurico, obviamente que isto não é sobre ti. Não és um optimista mas também não és (de certeza) uma mulherzinha ;)

Helena, então parece-me que é caso para dizer: Parabéns! Pelo seu aniversário mas também por ainda conseguir ver o lado bom da vida! Preserve isso porque já não é fácil de encontrar! Um beijinho

via disse...

também não gosto, mas há dias em que...dias difíceis em que se descamba!!