setembro 08, 2005

Queria chegar lá hoje.Ou queria estar lá já. Enfiava-me pelas ruas que já conheço tão bem e perdia-me debaixo daquele céu cinzento, debaixo dos toldos das Laden. Queria tanto poder sentar-me num comboio, cheio de bicicletas e gente suja e gente que também deixou tudo para trás. Sentava-me num café, pedia uma imitação barata dum galão e escolhia a mesa junto à montra, só porque assim era mais fácil não ver o tempo passar. Fechava os olhos e deixava-me estar, a pensar como um dia aquilo também podia ser meu. Podia enfiar a cabeça no Spree e lavar a minha alma, expulsar o desasossego e espalhar a dor pelo rio. Podia estar lá, a pensar como já lá tinha sonhado mas que ainda vou deitar muitas vezes a cabeça debaixo daquele céu. Desligava a cabeça da língua à minha volta, perdia-me mais dentro de mim e era só eu, entregue à minha vontade, como nunca pensei que poderia ser. Queria que fosse hoje mas talvez consiga dormir até chegar lá.

setembro 07, 2005

Dor s.m. (do Lat. dolore) Oração persa, feita ao meio-dia. S. f. 1. Sensação desagradável. 2. Sofrimento físico ou moral. 3. Pesar: dó; piedade. 4. Med. A sensação derivada de estado patológico do organismo ou de parte dele. 5. Quando as palavras te falham para descrever a força com que te esventraram os sonhos.

setembro 02, 2005

Tão amiguinhos que nós somos...

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[Eu e o Franchicola, naquilo que de melhor teve este fim de semana em casa: poder tirar fotografias com ele, vê-lo a comer como gente grande e levar um beijinho daqueles que só ele é que sabe como é.]