outubro 15, 2012

Entretanto voltámos à luta e se antes já era extraordinariamente difícil levantar-me da cama às seis e meia da manhã, agora é ainda mais duro : acrescente-se o facto de ser já noite cerrada (antes saía de casa pouco depois das sete e já se vislumbrava alguma luz do dia) e das temperaturas estarem perigosamente a descer em direcção ao zero e temos um cocktail explosivo. Concluímos, sem grande dificuldade, que voltar a correr antes do trabalho e nestas condições atmosféricas está quase posto de parte. Já andamos à procura de alternativas mas não está fácil considerar as soluções ao ar livre.
Quando chegámos, decidimos ir de táxi para casa. Ingenuamente, tratámos de tudo com o senhor em Francês, esmagámos bem as malas na bagageira e demos a nossa morada. Trocámos algumas impressões sobre a viagem e sobre o comportamento do bebé Vicente e o taxista calado. Alguns minutos depois, dirigiu-se a nós em Português. Não devia ter sido surpresa para nós (afinal o presidente da federação de taxistas aqui é português) mas ficámos apenas desconfiados : será que ele esperava ouvir algum comentário menos feliz da nossa parte ? Será que nos estava a pôr à prova ? Ficou-nos a pergunta na cabeça e um certo desconforto a que já nos devíamos ter habituado aqui, onde meio país é Português.
Uma das coisas boas do sítio onde trabalho é que há uma empresa que entrega almoços aqui no meio do campo. É um sistema espectacular e que devia existir em mais sítios (será que isto em Lisboa não pegava ?) : só aceitam em endereço de e-mail profissional, a morada de entrega é automaticamente atribuída e oferecem mais do que um tipo de pagamento, sendo que as facturas são enviadas de quinze em quinze dias.  Ao cliente pede-se apenas que faça o pedido antes das dez da manhã através do site da empresa, escolhendo entre sandes, saladas, pratos quentes e sobremesas – tudo por um preço competitivo.  Isto acabou-me com um problema  (cozinhar o meu almoço ao mesmo tempo que faço também o jantar) e deixa-me escolher o que mais me apetece na altura. Sinceramente, já me apeteceu iniciar um negócio destes porque é simples, não necessita de uma sede física (dispensando por isso muitos custos fixos) e não obriga a estar oito horas fechada num escritório. Enfim, continuemos a sonhar… E já agora a aproveitar as abertas que a vida (e o tempo) nos oferece.

1 comentário:

Dalma disse...

Olá Marisa, tenho andado longe e logo com pouco tempo para andar por aqui. Como te dissemos fomos passar uns dias à Suiça,Alpes que para uma ex-prof de geografia continuam a ser um fascínio.
Vi as fotografias da "Fall" no Luxemburgo e senti saudades dessa maravilhosa estação no Canadá.
Aproveita-a quando atravessas o campo que te leva ao escritório. Beijinhos
A tua professora