É mesmo assim: quem não tem cão, caça com gato. Eu, já o disse algumas vezes, não tenho jeito para os trabalhos manuais. Não coso, não pinto, não construo, só me sobrou um gostinho pela cozinha. Também não tenho boa voz para cantar e para tocar alguma coisa ainda me falta o tempo e a paciência para treinar muito. Só que às vezes tenho ideias e desenrasco-me a concretizá-las, mesmo que à minha maneira.
Desta vez nasceu um livro com uma história em imagens daquilo que o Vicente tem feito, países que tem visitado, disparates e momentos doces que eu e o pai vamos coleccionando digitalmente. Eu adorava fazer muito mais: gostava de ter filmes, de lhe gravar as conversas que começam a ser longas e cheias de argumentação que só faz sentido naquela cabecinha. Gostava de lhe desenhar livros e talvez ainda possa pensar em escrever-lhe uma história mas agora interessa-me mesmo que ele possa ter objectos que lhe contem a história que é a dele e, em última análise, também a nossa. Todos nós conhecemos aquele amigo que não tem nenhum álbum ou os outros que têm tudo e mais alguma coisa mas todas as maneiras são boas e válidas para guardar recordações. Agora já abrandámos muito as fotografias porque nos primeiros tempos era literalmente demais: estávamos mesmo sempre prontos e de máquina em punho.
As ideias vão surgindo naturalmente. O primeiro livro privilegiou as palavras, este segundo fica-se pelas imagens, que também dizem muitíssimo sobre o que têm sido estes anos com ele. Reparei que não tem quase nenhuma fotografia de birras ou de momentos menos bons mas não é de maneira nenhuma intencional: acho que nunca me ocorreu pegar na máquina quando ele está a berrar desalmadamente ou quando bate os pés se não acedemos a algum pedido! E de repente já estou a pensar no que posso fazer a seguir!
5 comentários:
Hum...não entendo o que o DIY ter a ver com as memórias que queremos e devemos perpetuar dos nossos filhos. Nós por cá já filmámos as ditas birras e até já fotografámos ranhocas, vá se lá perceber porquê... De qualquer forma o livro está maravilhoso, tenhas sido tu a fazer ou tenhas mandado fazer ;-)
Não é preciso ter jeito para as manualidades para fazer coisas giras. E a tua ideia está muito gira!
Marisa, quando os meus filhos eram pequenos nunca tive essa ideia, mesmo álbuns já comprados foram os avós que os preencheram... Tenho a certeza que o Vicente mais tarde vai adorar.
Fica mal dizê-lo mas as gracinhas que tenho escritas são só as do A. e imagina, no fundo de um caderno que eu levava para o Conselho Pedagógico! Quando as sessões ultrapassavam o tempo da minha capacidade de atenção, tinha o meu filho, então uns 4,5,6,7,8 anos e era muito imaginativo!
Depois lembrei-me de fazer os Diários de Viagem, estes ao longo doas 15 anos que viajamos pela Europa. Achei que era uma boa maneira de não esquecerem o que viam (não tivessem eles uma mãe professora!). Hoje são para mim algo de precioso!
Bjis
Lindo, lindo, lindo!!!!!!!
Beijinhos 3x3
Fátima
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