fevereiro 13, 2012

O amor (em tempos de crise)

Exactamente a esta hora estarei a entrar no registo civil para (finalmente) casar, o passo mais definitivo (à excepção dos filhos, claro) que darei na minha vida. Se será uma ocasião como sempre sonhei? Não, não será. É claro que tinha a minha ideia de casamento e de festa, construída através do tempo e dos muitos casamentos a que fui (e sobre os quais jurei não querer nada igual), não era esta. Mas as circunstâncias e o nosso pragmatismo assim o ditam.

Fui comprar um vestido de noiva porque achei que, apesar de tudo, será um dia único. Como qualquer noiva que se case de consciência, esta é a única vez que quero casar e por isso, apesar de dispensar muitos outros adereços ou tradições, eu quis um vestido. Não é um vestido convencional - seria incapaz de pagar um balúrdio por um vestido que só usaria uma vez na vida - mas é o vestido que me conquistou. Não usaremos alianças, o que exclui a imagem tão fofa de ter o Vicente a levá-las durante a cerimónia. Também não haverá festa, até porque as nossas atenções financeiras neste momento estão necessariamente viradas para outro lado.

Convidámos a família mais chegada e os amigo que estão mais perto - sabemos que os outros estarão connosco no pensamento e que a distância não ajuda mas aceitamos as consequências das nossas decisões. E esperamos, de coração, poder festejar nos tempos mais próximos da maneira mais simples que encontrarmos mas com toda a gente que nos está no coração.

Vou casar com a minha pessoa. Temos muitos planos, temos um passado já com vinte anos e temos a vontade constante de estarmos juntos. Tem sido, ao longo dos anos a minha melhor companhia, o meu melhor amigo, um namorado de fazer inveja. E é assim que queria mantê-lo (como meu namorado e não como meu marido) mas mandam as circunstâncias que o estado civil se altere. Não interessa onde vamos viver ou onde vamos trabalhar nem nos importam as opiniões dos outros: somos feitos um para o outro e é tudo o que importa. Eu espero nunca me enganar mas tenho a certeza de que seremos muito felizes. Com muito trabalho, algumas discussões e dias menos bons, contando com o ombro um do outro para seguirmos em frente, agradecendo todos os dias termos chegado aqui e suspirando - a felicidade é um caminho muito longo.

4 comentários:

M de M disse...

hip hip urraY!

vivó amor <3

Tati disse...

MUITOS PARABÉNS E MTS BEIJINHOS!!!!

vera disse...

muitos parabens e muitas felicidades! :)

Helena Barreta disse...

Muitos parabéns e que sejam muito felizes.

Um Viva aos noivos!

Beijinho