Foi hoje o dia em que confirmámos que está tudo bem com este milagre e que vamos passar a ser cinco em vez de quatro! O terceiro bebé vem a caminho e eu divido-me entre a angústia total e aquela felicidade estúpida de estar a formar dentro de mim mais uma pessoa que (espero) será maravilhosa!
Desta vez, já não tenho medo de não gostar deste terceiro filho como do primeiro: a chegada da Amália encarregou-se de me provar que há muito espaço no nosso coração para gerirmos a imensidão de afectos que os nossos filhos nos dão. Esta sementinha ainda mal se formou e já gosto dela com todas as minhas forças.
Para mim, as questões que se colocam agora com esta nova chegada são de ordem prática e financeira. Tenho pena de pensar assim, de não conseguir agarrar-me mais ao facto de que do que eles precisam é de amor e pouco mais. O meu primeiro instinto foi procurar exemplos de famílias numerosas e que não são ricas. Sim, porque há muitas famílias com muitos filhos mas que têm uma estrutura de apoio invejável e que não precisam de fazer coisas. Eu quis ver famílias com vidas reais, a enfrentarem desafios reais e a esticarem ordenados. Eu quis encontrar alguém que me dissesse Descansa, vai ficar tudo bem, onde se criam dois também se criam três. Procurei, sem pensar em mais nada, exemplos de organização e eficiência. Eu até cresci com exemplos desses na porta ao lado mas queria estar mais descansada e ainda não estou. A noite ainda não é minha amiga e há tanta coisa que me passa pela cabeça: a logística de três filhos versus dois, os braços que não vão chegar para pegar os três ao colo ao mesmo tempo, o tempo que já me falta agora e como ainda vai ser ainda mais encurtado. E aquela velha questão de não saber se lhes podemos dar o melhor, sempre a martelar na minha cabeça.
Acho que nunca pensei em ter mais do que dois filhos.Cresci numa família apenas com uma irmã e os meus pais foram ambos filhos únicos. A minha família só foi mais ou menos grandes com a ajuda dos tios-avós e dos primos em segundo ou terceiro grau. Os Natais, por exemplos, nunca tiveram vinte ou trinta pessoas à mesa e era bom na mesma porque os que estavam bastavam. Dois filhos era aquele número fixo na minha cabeça e mais porque não gostava de ter apenas um filho: aprender a partilhar, a brincar, a falar e crescer é certamente mais fácil quando há irmãos. Mas aqui em casa o pai sonhava com uma equipa de futebol e de repente até eu já me tinha deixado entusiasmar com mais um pirralho a correr atrás dos outros dois. Daí ao terceiro filho... um curto passo!
Algumas pessoas já sabem e, até agora, posso confirmar que as reacções ao terceiro bebé são tipo Ah sim? Meh... Quando se anuncia o primeiro é tudo super novo e excitante e toda a gente está imensamente feliz por nós. Ao segundo, o entusiasmo começa a abrandar mas ainda é giro porque há sempre o mistério: será que vão conseguir o casal? Ao terceiro... A reacção é mais de incredulidade do que outra coisa, do género Mas vocês têm a certeza do que estão a fazer? Não chegava já? Eu cá ainda me divido entre a super-felicidade e o terror, entre pensar que quem cria dois também cria mais um e pensar que vai ser o verdadeiro desequilíbrio de mãos, atenção e finanças. Mas não há tempos ideais nem há situações ideais e nós vamos moldando a vida às circunstâncias e até agora não temos falhado. E se falharmos, não será o fim do mundo porque não há nada como arregaçar as mangas e começar de novo.
Algumas pessoas já sabem e, até agora, posso confirmar que as reacções ao terceiro bebé são tipo Ah sim? Meh... Quando se anuncia o primeiro é tudo super novo e excitante e toda a gente está imensamente feliz por nós. Ao segundo, o entusiasmo começa a abrandar mas ainda é giro porque há sempre o mistério: será que vão conseguir o casal? Ao terceiro... A reacção é mais de incredulidade do que outra coisa, do género Mas vocês têm a certeza do que estão a fazer? Não chegava já? Eu cá ainda me divido entre a super-felicidade e o terror, entre pensar que quem cria dois também cria mais um e pensar que vai ser o verdadeiro desequilíbrio de mãos, atenção e finanças. Mas não há tempos ideais nem há situações ideais e nós vamos moldando a vida às circunstâncias e até agora não temos falhado. E se falharmos, não será o fim do mundo porque não há nada como arregaçar as mangas e começar de novo.
11 comentários:
parabéns!
é super fixe acompanhar-vos, como pessoas e como família, aqui na blogosfera.
um beijinho XL para todos :)
Uau, parabéns!
Que bom!
(Queres perguntar à minha mãe como se estica o dinheiro? Eu também não sei bem como foi mas nunca fomos ricos, nalgumas fases por causa de opções de educação até vivemos bem com a corda na garganta, mas não nos faltou nada de essencial. Ela garante que há economias de escala, tanto a nível de gastos como de trabalho - mas a nível de trabalho ela tinha uma vantagem que não vais ter, que é distâncias maiores entre irmãos. Já tu deves ganhar-lhe em condições oferecidas pelo pais onde vives... Uma coisa é certa, qualquer um de nós te dirá que crescer com estes irmãos todos é a maior das nossas fortunas, quero lá saber se nunca tive as roupas certas e não havia viagens nem férias em hotéis...)
Muito obrigada Joana :) Fixe é saber que há malta desse lado que se emociona com as nossas cenas :)
Obrigada Rita! Consigo imaginar como será mas creio que essa história das roupas "certas" e das férias em hotéis é um óptimo começo :) O que eu sinto é que a necessidade aguça mesmo o engenho e as pessoas aprendem a fazer o que é necessário em diferentes momentos da vida. E por isso estou (moderadamente) confiante que também nós havemos de conseguir ;)
Muitos parabéns!!! não é fácil mas também não é preciso dramatizar :) Com boa vontade tudo se faz! E relativamente a parte monetária tem de haver despesas bem pensadas! A mim o que mais me custou foi pensar que "os braços que não vão chegar para pegar os três ao colo ao mesmo tempo" mas com o tempo até essa parte contornamos!!! Que tudo corra bem! Lidia
Um blog muito inspirador de uma família numerosa:
https://seismaisdois.com
<3
Querida, conhecendo-te antes e agora, tenho a certeza que farão uma família feliz! Como sabes tb tive três e considero que um terceiro é sempre um contraponto, um equilíbrio na família... Quanto ao dinheiro é tudo uma questão de prioridades e isso por si ajuda a educa-los no equilíbrio como pessoas. Acredita que o pior são mesmo as noites mal dormidas, mas até isso passa!
Bjis
D.
Parabens! Gosto de acompanhar o blog e fico feliz em testemunhar a vossa felicidade.
Angela
Muitos parabéns. Vai daqui um Viva ao vosso amor e à família numerosa que, certamente, vai ser muito feliz.
Tudo a correr bem com o/a cachopinho/a.
Um abraço.
Muitos Parabéns!É ótimo ter dois irmãos, como é o meu caso! Vai tudo correr bem! Felicidades!
Obrigada Lili e professora Dalma pelo conforto, é sempre muito bom poder ouvir mães com experiência :)
Obrigada Cristina pela sugestão, já espreitei e há muitas ideias por lá!
Obrigada Helena e anónimos! A ideia é mesmo partilhar a nossa felicidade com os outros, ainda bem que estão desse lado :)
Oh pá! Li primeiro o ultimo post e quando li "ao terceiro filho..." fiquei "mas que é isto?? Outro bebé? Yeah!". Adoro famílias grandes. Acho que três é mesmo a conta que Deus fez e, se tudo correr bem, também quero ter, pelo menos, 3 filhos.
Sei que os tempos não são propícios a famílias numerosas, mas com amor e muita organização/gestão, tudo se consegue. Quem cria dois, cria três. Vai correr tudo pelo melhor! Estou tão feliz por vocês!!! :) Parabéns.
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