abril 25, 2004
abril 24, 2004
Carta a um ex-namorado
Hoje os grilos já cantavam na rua. Parecia uma noite de verão e eu lembrei-me de todas as noites de verão que passámos juntos. Pensava que me tinha esquecido de muita coisa e afinal estava enganada.
Não me lembrei das coisas como fazia antes, não desejava secretamente que tudo se repetisse. Mas a nostalgia assaltou-me. Sorri no caminho do carro até casa porque não guardo nenhuma recordação infeliz.
Lembrei-me daquela tarde no meu quarto, antes de um festival. Estávamos sozinhos em Lisboa e parecia que também não existia mais ninguém no mundo. Deitados na minha cama, só em cima do colchão, sem lençóis nem roupa, tentávamos iludir o calor. Ouvíamos 'In a bar under the sea' dos dEUS e fazíamos coisas que não me atrevo a contar a ninguém. Partimos para o festival e eu estava encostada ao teu ombro. Não queria saber de mais nada.
Depois lembrei-me de como me estimulaste para tudo: fizeste-me gostar de música a sério, ensinaste-me a pintar, escrevias poemas para mim. E eu estava deslumbrada, porque eras dois anos mais novo que eu. Abriste-me as portas para o que sou hoje.
Lembrei-me de um jantar que fizeste para mim. Estavas sozinho em casa e cozinhaste: bifes grelhados e croquetes de batata ( so much for the romantic dinner). Ouvimos Diana Krall (isso realmente nunca pegou) durante o jantar, depois dançámos e deitaste-me no teu quarto escuro. Só eu e tu, sempre.
Um dia fizemos uma promessa. Iríamos morar juntos para Paris assim que os cursos estivessem acabados: sonhávamos com umas águas furtadas no bairro dos pintores e não interessava mais nada. Nunca fomos nem nunca iremos.
Agora és feliz à tua maneira. E eu sinto-me orgulhosa de tudo o que fazes porque sei que nasceste com talento. Gosto muito de ti, gajo da minha vida. Nunca poderia voltar a namorar contigo mas que foi bom, foi :)
Hoje os grilos já cantavam na rua. Parecia uma noite de verão e eu lembrei-me de todas as noites de verão que passámos juntos. Pensava que me tinha esquecido de muita coisa e afinal estava enganada.
Não me lembrei das coisas como fazia antes, não desejava secretamente que tudo se repetisse. Mas a nostalgia assaltou-me. Sorri no caminho do carro até casa porque não guardo nenhuma recordação infeliz.
Lembrei-me daquela tarde no meu quarto, antes de um festival. Estávamos sozinhos em Lisboa e parecia que também não existia mais ninguém no mundo. Deitados na minha cama, só em cima do colchão, sem lençóis nem roupa, tentávamos iludir o calor. Ouvíamos 'In a bar under the sea' dos dEUS e fazíamos coisas que não me atrevo a contar a ninguém. Partimos para o festival e eu estava encostada ao teu ombro. Não queria saber de mais nada.
Depois lembrei-me de como me estimulaste para tudo: fizeste-me gostar de música a sério, ensinaste-me a pintar, escrevias poemas para mim. E eu estava deslumbrada, porque eras dois anos mais novo que eu. Abriste-me as portas para o que sou hoje.
Lembrei-me de um jantar que fizeste para mim. Estavas sozinho em casa e cozinhaste: bifes grelhados e croquetes de batata ( so much for the romantic dinner). Ouvimos Diana Krall (isso realmente nunca pegou) durante o jantar, depois dançámos e deitaste-me no teu quarto escuro. Só eu e tu, sempre.
Um dia fizemos uma promessa. Iríamos morar juntos para Paris assim que os cursos estivessem acabados: sonhávamos com umas águas furtadas no bairro dos pintores e não interessava mais nada. Nunca fomos nem nunca iremos.
Agora és feliz à tua maneira. E eu sinto-me orgulhosa de tudo o que fazes porque sei que nasceste com talento. Gosto muito de ti, gajo da minha vida. Nunca poderia voltar a namorar contigo mas que foi bom, foi :)
abril 23, 2004
A minha flor preferida é a papoila. É foleiro porque acho que ninguém oferece ramos de papoilas.. Mas não há flor nenhuma de que goste mais. Esta semana, na viagem habitual até Lisboa, reparei que elas começam a espreitar as bermas da estrada mas estão ainda longe de salpicar os campos.
Quando andava na escola primária, colhia as papoilas ainda fechadas e fazia um jogo. Era suposto acertar na cor da papoila, que podia ser branca, rosa ou vermelha. 'Galo galinha ou pinto*?' era o que dizia. E eu ganhava muitas vezes.
* Galo correspondia ao vermelho, galinha ao rosa e pinto ao branco. Pretty obvious uh?
Quando andava na escola primária, colhia as papoilas ainda fechadas e fazia um jogo. Era suposto acertar na cor da papoila, que podia ser branca, rosa ou vermelha. 'Galo galinha ou pinto*?' era o que dizia. E eu ganhava muitas vezes.
* Galo correspondia ao vermelho, galinha ao rosa e pinto ao branco. Pretty obvious uh?
abril 16, 2004
Tenho muitas coisas para fazer.
- estudar a voz passiva para o teste de Alemão IV que tenho na próxima terça.
- ler sete-romances-sete para Lit Ing Contemporânea
- ver cinco dvds e a primeira série completa do Twin Peaks
- dormir aquilo que nem nas férias consigo recuperar
- organizar metodicamente a minha colecção de mp3s
- construir a minha máquina fotográfica Pinhole
- suportar o meu pai a redescobrir todos os sons do telemóvel
- perder peso
- dissecar a minha vida amorosa inexistente
E, com isto tudo, ainda me enfio no quarto e me agarro ao pc, mesmo quando não há nada de interessante para fazer aqui.. (suspiro)
-
- estudar a voz passiva para o teste de Alemão IV que tenho na próxima terça.
- ler sete-romances-sete para Lit Ing Contemporânea
- ver cinco dvds e a primeira série completa do Twin Peaks
- dormir aquilo que nem nas férias consigo recuperar
- organizar metodicamente a minha colecção de mp3s
- construir a minha máquina fotográfica Pinhole
- suportar o meu pai a redescobrir todos os sons do telemóvel
- perder peso
- dissecar a minha vida amorosa inexistente
E, com isto tudo, ainda me enfio no quarto e me agarro ao pc, mesmo quando não há nada de interessante para fazer aqui.. (suspiro)
-
abril 15, 2004
Acabei agora de ver 'The virgin suicides' (suspiro). Sentia-me estranha por ter adorado o 'Lost in Translation' e nem sequer ter visto o primeiro filme da Coppola e portanto resolvi que já não era sem tempo. Houve quem me dissesse que este era um dos melhores filmes dos anos 90. Não posso concordar, pelo menos ainda, porque ainda estou a digerir o filme. Achei-o muito doce e suave, a luz é extraordinária ao longo do filme, a inocência dos miúdos (Lux não era inocente, eu sei) comoveu-me porque tornavam tudo num jogo infantil e sem pretenções.
A certa altura, eu mesma me sinto fascinada com as irmãs Lisbon, com a aura que parecia fazer parte daquelas cinco crianças louras que, pelo mistério e beleza, estavam constantemente rodeadas de atenção. O motivo pelo qual se suicidam enraivece-me: era tão simples mudar, tão simples ceder, deixar que todas elas crescessem em paz. Já conheci muitas pessoas sufocadas assim mas, felizmente, sempre foram cobardes o suficiente para não acabarem com a vida. Porque para mim o suicídio não é mais que um acto de cobardia, mesmo sabendo que é decidido num estado extremo de ansiedade e desespero e que o suicida procura apenas liberdade.
.às vezes gosto mesmo de viver.
A certa altura, eu mesma me sinto fascinada com as irmãs Lisbon, com a aura que parecia fazer parte daquelas cinco crianças louras que, pelo mistério e beleza, estavam constantemente rodeadas de atenção. O motivo pelo qual se suicidam enraivece-me: era tão simples mudar, tão simples ceder, deixar que todas elas crescessem em paz. Já conheci muitas pessoas sufocadas assim mas, felizmente, sempre foram cobardes o suficiente para não acabarem com a vida. Porque para mim o suicídio não é mais que um acto de cobardia, mesmo sabendo que é decidido num estado extremo de ansiedade e desespero e que o suicida procura apenas liberdade.
.às vezes gosto mesmo de viver.
abril 11, 2004
A mim os ex-namorados chateiam-me.
Porque nos cobram dívidas antigas; porque nos distraem dos outros bem mais interessantes; porque se tentam justificar sem perdão; porque pagam cerveja e nem sabemos agradecer; porque lhes temos que dar boleia para casa; porque pedem o impossível; porque despertam coisas que não queremos desenterrar; porque nos telefonam a horas impróprias; porque dizem coisas que não queremos ouvir; porque têm amigos que apostam em nós, mesmo depois de seis anos passados; porque se peidam em público; porque se fazem a outras gajas entretanto; porque não passam de mais do mesmo; porque me assombram até mesmo os sonhos;porque não têm noção do papel na nossa vida; porque não compreendem que já não os queremos; porque bebem demais (ok, eu também);porque têm namoradas chatas e impacientes; porque chateiam os nossos amigos; porque são intransigentes; porque não os quero mais.
Porque nos cobram dívidas antigas; porque nos distraem dos outros bem mais interessantes; porque se tentam justificar sem perdão; porque pagam cerveja e nem sabemos agradecer; porque lhes temos que dar boleia para casa; porque pedem o impossível; porque despertam coisas que não queremos desenterrar; porque nos telefonam a horas impróprias; porque dizem coisas que não queremos ouvir; porque têm amigos que apostam em nós, mesmo depois de seis anos passados; porque se peidam em público; porque se fazem a outras gajas entretanto; porque não passam de mais do mesmo; porque me assombram até mesmo os sonhos;porque não têm noção do papel na nossa vida; porque não compreendem que já não os queremos; porque bebem demais (ok, eu também);porque têm namoradas chatas e impacientes; porque chateiam os nossos amigos; porque são intransigentes; porque não os quero mais.
abril 10, 2004
música linda e miserável ao mesmo tempo. interrogo-me quantas vezes seguidas a consigo ouvir. todas. todas as que eu quiser. fecha os olhos.
eu imagino-te assim. as tuas costas com sinais. acabado de tomar banho. o teu cheiro. sem calor. com calor. acordo e é de dia e tu estás ali. eu viro-me e sorrio. para qualquer lado. não faz mal que não vejas. eu vejo-te. mesmo de costas.
apetece-me sorrir, sabes?
efeito R*
podia ouvir esta música para sempre.
dorme. beijava os teus olhos fechados, se pudesse.
beijava-te. (ponto final)
com o coração aos saltos.
26 Outubro 2002
As coisas pouco mudam.
eu imagino-te assim. as tuas costas com sinais. acabado de tomar banho. o teu cheiro. sem calor. com calor. acordo e é de dia e tu estás ali. eu viro-me e sorrio. para qualquer lado. não faz mal que não vejas. eu vejo-te. mesmo de costas.
apetece-me sorrir, sabes?
efeito R*
podia ouvir esta música para sempre.
dorme. beijava os teus olhos fechados, se pudesse.
beijava-te. (ponto final)
com o coração aos saltos.
26 Outubro 2002
As coisas pouco mudam.
abril 09, 2004
"Someone like you"
New Order
This can't be real.
My heart is burning.
How does it feel?
Well, let's say I'm learning.
It had to come.
The ship has landed.
It's time to run.
The crew are stranded.
We're having the time of our lives.
We're lost in a cruel paradise.
Someone like you could make me feel like I used to do.
Return my heart, yeah. Make it real like it was at the start.
Someone like you. Someone like you, yeah.
You're everything to me:
the sweetest symphony.
All that I try to be,
you are my harmony.
I guess what I mean to say
is you keep the wolves at bay.
We're children on holiday.
Here comes the clown.
We're having the time of our lives.
We're lost in a cruel paradise.
Someone like you could make me feel like I used to do.
Return my heart, yeah. Make it real like it was at the start.
Someone like you. Yeah. Someone like you, yeah
Tenho saudades tuas.
New Order
This can't be real.
My heart is burning.
How does it feel?
Well, let's say I'm learning.
It had to come.
The ship has landed.
It's time to run.
The crew are stranded.
We're having the time of our lives.
We're lost in a cruel paradise.
Someone like you could make me feel like I used to do.
Return my heart, yeah. Make it real like it was at the start.
Someone like you. Someone like you, yeah.
You're everything to me:
the sweetest symphony.
All that I try to be,
you are my harmony.
I guess what I mean to say
is you keep the wolves at bay.
We're children on holiday.
Here comes the clown.
We're having the time of our lives.
We're lost in a cruel paradise.
Someone like you could make me feel like I used to do.
Return my heart, yeah. Make it real like it was at the start.
Someone like you. Yeah. Someone like you, yeah
Tenho saudades tuas.
abril 08, 2004
Hoje vou para Évora outra vez. Nestes últimos tempos, a frequência das minhas visitas tem aumentado consideravelmente. Mas nem isso mudou alguma coisa e hoje vou já determinada a não te dizer que vou, a arriscar um encontro não-planeado em frente à Sé ou no Harmonia. Por outras palavras, deixei-te como querias: em paz.
abril 07, 2004
Depois de ler 'À espera de Godot', sinto-me completamente tentada a nunca mais pensar sequer no nome do seu autor (Samuel Beckett). Não posso, obviamente, debruçar-me sobre a genialidade da peça - o meu percurso académico impede-me de fazer isso. Mas posso dizer que há já muito tempo que não lia uma coisa tão aborrecida e desmotivante. Absurdo não é mesmo comigo.
abril 06, 2004
Às vezes sinto-me um bocado angustiada porque não consigo, como a maior parte das pessoas, expulsar devidamente a raiva que vai acumulando cá dentro. Não tenho nenhum saco de areia ou uma bateria em casa. Em ambos os casos ia desancar alguma coisa (se bem que as coisas não têm ancas). E como agora estou num desses momentos em que precisava de cuspir a raiva toda, lembrei-me de enumerar as 'coisinhas' (reparem na raiva com que digo isto, dentes cerrados) que mais me dão raiva.
a)Dentro do autocarro
. as pessoas que cortam as unhas na carreira 46 que vai até à Damaia
. as pessoas que trocam de lugar mais de uma vez numa viagem entre a Praça do Chile e a Alameda
. as pessoas que falam tão alto ao telefone que o autocarro inteiro se sente constrangido e tenta não incomodar
. as velhas que usam peruca (não só as dos autocarros mas em geral)
. todas as pessoas que manobram as chatices que acontecem nos autocarros para expulsarem demónios (aqueles que, não tendo sequer um amigo, acham que discutir por causa de um lugar sempre é uma maneira tão digna como outra qualquer de comunicar com alguém)
b) Na rua
. as pessoas que ficam a ver montras, longe do vidro, impedindo as pessoas de passar
. as pessoas que, em dias de chuva e levando chapéu de chuva, continuam a circular encostadas aos prédios, deixando as pessoas sem chapéu à mercê da intempérie ( já antes bem lembrado aqui)
. ter que olhar constantemente para o chão, de modo a não pisar nenhuma oferta simpática dos cães da minha rua
. o cheiro de muitas pessoas com quem me cruzo diariamente
. ter que passar mais que uma vez por dia pela montra da 'Foto Toni', que até tem lá uma fotografia daquele miúdo que faz novelas na TVI, que é tão giro, ai, como é que ele se chama, eu já vi as novelas todas que ele fez, sei o nome..
c) No café
. as pessoas que falam tão alto que é impossível não ficar a saber quem é que deve a quem e quem encornou quem
. os empregados que não nos ligam nenhuma só porque não temos pinta de estrangeiros
. empregados que usam diminutivos em todo o lado ( 'Aqui está a sandezinha e mais a minizinha' ou 'Quem vai comer o resto desse bifinho? Querem que apague a luzinha?')
. pessoas que comem de boca aberta e nos deixam vislumbrar em momentos o belo do bolo alimentar (contra a minha família falo)
. pessoas que deixam 10 cêntimos de gorjeta (faziam como eu, que não deixo nada e era bem mais digno para quem não recebe)
d) No cabeleireiro
. as mulheres que passam a sessão inteira a espreitar as outras pelo espelho para tentar adivinhar 'onde é que aquela ordinária comprou aquele casaco bem engraçado?'
. as cabeleireiras estagiárias (ou lá como lhes chamam), pela reconhecida inaptidão para todos os serviços de cabeleireiro. Ser cabeleireiro/a é um estado de alma com o qual se nasce já.
. as funcionárias a dizerem mal da patroa
. a patroa a descompôr as funcionárias
. não terem revistas cor de rosa actualizadas, é sempre tudo do mês passado, caramba! Uma pessoa quer saber da vida do jet-set e nem aí pode
. o facto de ser apenas (encoberto, é certo) um salão de escárnio e mal dizer
e) No geral
. pessoas que não concordam com a minha opinião
. pessoas que são demasiado felizes
. pessoas que não têm a mínima ideia de como se comportar em grupo
. a Avril Lavigne
. o chefe da cantina da minha faculdade
. pessoas que não gostam do mesmo que eu
. autocarros cheios, a cheirar a suor
. pessoas que me acham parva
. pessoas que pensam que podem brincar comigo e tentar manipular os meus sentimentos a seu bel-prazer
.tudo o que não me faz feliz.
a)Dentro do autocarro
. as pessoas que cortam as unhas na carreira 46 que vai até à Damaia
. as pessoas que trocam de lugar mais de uma vez numa viagem entre a Praça do Chile e a Alameda
. as pessoas que falam tão alto ao telefone que o autocarro inteiro se sente constrangido e tenta não incomodar
. as velhas que usam peruca (não só as dos autocarros mas em geral)
. todas as pessoas que manobram as chatices que acontecem nos autocarros para expulsarem demónios (aqueles que, não tendo sequer um amigo, acham que discutir por causa de um lugar sempre é uma maneira tão digna como outra qualquer de comunicar com alguém)
b) Na rua
. as pessoas que ficam a ver montras, longe do vidro, impedindo as pessoas de passar
. as pessoas que, em dias de chuva e levando chapéu de chuva, continuam a circular encostadas aos prédios, deixando as pessoas sem chapéu à mercê da intempérie ( já antes bem lembrado aqui)
. ter que olhar constantemente para o chão, de modo a não pisar nenhuma oferta simpática dos cães da minha rua
. o cheiro de muitas pessoas com quem me cruzo diariamente
. ter que passar mais que uma vez por dia pela montra da 'Foto Toni', que até tem lá uma fotografia daquele miúdo que faz novelas na TVI, que é tão giro, ai, como é que ele se chama, eu já vi as novelas todas que ele fez, sei o nome..
c) No café
. as pessoas que falam tão alto que é impossível não ficar a saber quem é que deve a quem e quem encornou quem
. os empregados que não nos ligam nenhuma só porque não temos pinta de estrangeiros
. empregados que usam diminutivos em todo o lado ( 'Aqui está a sandezinha e mais a minizinha' ou 'Quem vai comer o resto desse bifinho? Querem que apague a luzinha?')
. pessoas que comem de boca aberta e nos deixam vislumbrar em momentos o belo do bolo alimentar (contra a minha família falo)
. pessoas que deixam 10 cêntimos de gorjeta (faziam como eu, que não deixo nada e era bem mais digno para quem não recebe)
d) No cabeleireiro
. as mulheres que passam a sessão inteira a espreitar as outras pelo espelho para tentar adivinhar 'onde é que aquela ordinária comprou aquele casaco bem engraçado?'
. as cabeleireiras estagiárias (ou lá como lhes chamam), pela reconhecida inaptidão para todos os serviços de cabeleireiro. Ser cabeleireiro/a é um estado de alma com o qual se nasce já.
. as funcionárias a dizerem mal da patroa
. a patroa a descompôr as funcionárias
. não terem revistas cor de rosa actualizadas, é sempre tudo do mês passado, caramba! Uma pessoa quer saber da vida do jet-set e nem aí pode
. o facto de ser apenas (encoberto, é certo) um salão de escárnio e mal dizer
e) No geral
. pessoas que não concordam com a minha opinião
. pessoas que são demasiado felizes
. pessoas que não têm a mínima ideia de como se comportar em grupo
. a Avril Lavigne
. o chefe da cantina da minha faculdade
. pessoas que não gostam do mesmo que eu
. autocarros cheios, a cheirar a suor
. pessoas que me acham parva
. pessoas que pensam que podem brincar comigo e tentar manipular os meus sentimentos a seu bel-prazer
.tudo o que não me faz feliz.
abril 05, 2004
abril 04, 2004
abril 03, 2004
Uma amiga de um amigo meu, em conversa com ele, referiu-se a mim como 'aquela tipa meio freak', fim de citação. No âmbito do direito de resposta, e indignada com semelhante rótulo, uso este espaço para me defender.
a) eu lavo-me com regularidade e, consequentemente, não cheiro mal.
b) o meu cabelo é macio e sedoso, como o de qualquer gaja que se preze
c) não há guizos presos no meu vestuário para anunciar a minha entrada numa sala
d) as minhas cores favoritas não são o rosa ou o lilás ou o azul petroil (bem, esta talvez sim)
e) não uso sprays nas paredes com dizeres do género "O ar condicionado mata" ou "Big Brother is watching you"
f) sou bastante adepta da carne, mal passada de preferência (embora a cozinha macrobiótica me seduza também)
g) não gosto de t-shirts do Sid Vicious
h) tenho ideais mas sou um bocadinho menos extremista
i) não vou para as faculdades dos outros, partir cabeças com paralelos
j) não sou uma parasita da sociedade, que só quer fundos para construir um centro comunitário para o pessoal, sem nunca sequer ter trabalhado na vida
Menina, não sou 'meio freak'. Sou uma gaja normal.. o que quer que isso signifique.
a) eu lavo-me com regularidade e, consequentemente, não cheiro mal.
b) o meu cabelo é macio e sedoso, como o de qualquer gaja que se preze
c) não há guizos presos no meu vestuário para anunciar a minha entrada numa sala
d) as minhas cores favoritas não são o rosa ou o lilás ou o azul petroil (bem, esta talvez sim)
e) não uso sprays nas paredes com dizeres do género "O ar condicionado mata" ou "Big Brother is watching you"
f) sou bastante adepta da carne, mal passada de preferência (embora a cozinha macrobiótica me seduza também)
g) não gosto de t-shirts do Sid Vicious
h) tenho ideais mas sou um bocadinho menos extremista
i) não vou para as faculdades dos outros, partir cabeças com paralelos
j) não sou uma parasita da sociedade, que só quer fundos para construir um centro comunitário para o pessoal, sem nunca sequer ter trabalhado na vida
Menina, não sou 'meio freak'. Sou uma gaja normal.. o que quer que isso signifique.
abril 02, 2004
Subscrever:
Mensagens (Atom)