O que faz mover as pessoas? O amor, a dor, o desejo de vingança, a fome, a esperança, a admiração. O que faz mover essas mesmas pessoas em circunstâncias apocalípticas, entre ruínas que lançaram sobre si mesmas? A lealdade, a honra... a cobardia?
Quanto mais velha sou e mais informação recolho, mais me custa a entender o que estava na cabeça da elite do nacional-socialismo. Talvez isso aconteça porque não sou suficientemente inteligente ou uma grande estratega ou pragmática. Talvez porque sofro de excesso de tolerância e de compaixão e não compreendo desígnios mais elevados. Talvez porque não entendo as vantagens que existem numa raça pura, num território em constante expansão ou numa hegemonia de uma nação, sendo que, para esta existir, é necessário esmagar outras nações.
Talvez porque não concebo um ser humano sem uma gota de piedade ou compaixão ou uma mãe que coloca a sua nação acima dos filhos que ela mesmo gerou. Talvez porque não simpatizo com a cegueira que a sede de poder provoca e pelos mundos que se inventam e destroem para bel-prazer de alguém. Talvez porque não consigo ficar tranquila quando pessoas (muitas pessoas) se desculpam, se descartam de crimes horrendos fingindo não saber de nada, tornando a ignorância no seu alibi e tapando olhos, boca e ouvidos a tudo. Talvez porque me enoja a leveza como as pessoas festejam e bebem, especialmente porque sabem que a uns escassos metros outras são sacrificadas e servem esses festejos para não pensarem no horror. Talvez porque as fraquezas de uma pessoa não podem NUNCA fazer-nos esquecer a perfídia e a total ausência de um coração.
(Pois, fui ver 'Der Untergang - A queda'. Bruno Ganz num dos papéis mais ingratos de sempre...)
Quanto mais velha sou e mais informação recolho, mais me custa a entender o que estava na cabeça da elite do nacional-socialismo. Talvez isso aconteça porque não sou suficientemente inteligente ou uma grande estratega ou pragmática. Talvez porque sofro de excesso de tolerância e de compaixão e não compreendo desígnios mais elevados. Talvez porque não entendo as vantagens que existem numa raça pura, num território em constante expansão ou numa hegemonia de uma nação, sendo que, para esta existir, é necessário esmagar outras nações.
Talvez porque não concebo um ser humano sem uma gota de piedade ou compaixão ou uma mãe que coloca a sua nação acima dos filhos que ela mesmo gerou. Talvez porque não simpatizo com a cegueira que a sede de poder provoca e pelos mundos que se inventam e destroem para bel-prazer de alguém. Talvez porque não consigo ficar tranquila quando pessoas (muitas pessoas) se desculpam, se descartam de crimes horrendos fingindo não saber de nada, tornando a ignorância no seu alibi e tapando olhos, boca e ouvidos a tudo. Talvez porque me enoja a leveza como as pessoas festejam e bebem, especialmente porque sabem que a uns escassos metros outras são sacrificadas e servem esses festejos para não pensarem no horror. Talvez porque as fraquezas de uma pessoa não podem NUNCA fazer-nos esquecer a perfídia e a total ausência de um coração.
(Pois, fui ver 'Der Untergang - A queda'. Bruno Ganz num dos papéis mais ingratos de sempre...)
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