O medo
Aconteceu ontem sonhar com o alemão lá do meu departamento. Chama-se Michael, como o Schumacher (e diz-se Mixael) e está cá por um breve período de formação. O sonho era bem bom mas, ao mesmo tempo, um problema. Primeiro, sonhei com um alemão, o que só por si podia ser já suficiente mau (não é uma questão de xenofobia, simplesmente a ideia de um namorado que não falasse português nunca me agradou). Em segundo lugar, o cabelo e as sobrancelhas dele não têm cor, o que faz com que ele se torne numa espécie de fantasma que se pavoneia pelo departamento em busca do telefone para falar com a Alemanha. E depois... Bem, o que me chateia mesmo é esta ideia de que a minha fantasia me precede e já me faz imaginar um caso com um colega de trabalho. Que na realidade não vai ser colega nenhum porque deve estar quase a embarcar para um avião de volta.
[O que me leva a pensar que a minha libido trabalha duma forma subtil. E o que me leva também a reparar no incrível rabo que ele tem e, acreditem, um rabo não é para mim um grande chamariz. Mas o dele é. E faz-me distrair do trabalho sempre que se levanta para ir encher a garrafa de água. Ou vai à casa de banho. Ou está ao telefone. Ai.]
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