A semana do cansaço (bom!)
Já não tinha memória de uma semana assim há muito tempo. Da mesma maneira, já não fazia ideia da força que é necessária para conseguir levantar o rabo da cama todas as manhãs - não que entre muito cedo, porque não entro, mas porque há um ano que só começava a trabalhar às 4 da tarde. E, asseguro-vos, a falta de hábito fez-me mal.
Começa-se no trabalho novo, em ambiente de formação e descontração. Fica-se, por acidente, inserida no grupo onde a média de idades é mais alta (todos com 35 ou mais, excepto eu), o que pode (ou não) vir a ser um problema. Há colegas calmos, inexperientes e com vida feita na Alemanha e depois existe ELA. ELA não gosta de não conseguir aprender depressa e odeia quem já tem experiência no ramo das telecomunicações. ELA acha que ter vivido numa cidadezinha na Alemanha durante anos foi suficiente para saber como é o Mundo. ELA fala alto, assusta os colegas com os esgares que esboça atrás dos óculos e desconhece a noção de espírito de equipa. Já planeio a altura em que vou pedir para não me sentarem do lado DELA. Porque, não sei bem porquê, a minha paciência para pessoas frustradas e hostis esgota-se muito depressa.
Sushi @ Henri's novamente na terça-feira: pude finalmente assistir a todo o processo culinário e desta vez arriscou-se mesmo o peixe crú. É apenas mais um bom motivo para estarmos todos juntos, bebermos umas cervejas e combinarmos futuros petiscos. Mas desta vez não correu bem para mim (e se a minha amiga E. estivesse a ler isto, de certeza já estava a rir-se muito, com cara de 'eu bem te avisei'): na manhã seguinte pus a hipótese de vender o meu bilhete para o Super Bock, tal era a confusão que reinava no meu aparelho digestivo. Tudo fruto de uma indiposição matinal que me ia arruinando o dia. Ia...
Super Bock Super Rock na quarta-feira, para quem gostava de rock. Saída directamente do trabalho, há tempo para parar na barraca da mana (ao lado das bilheteiras), beber umas cervejas a custo zero, apanhar sol, ver como toda a gente se queixava da quantidade de cerveja que lhe era servida ('Porque é que fazem copos tão grandes se não os enchem?', perguntavam como se a minha irmã fosse reponsável pelo fabrico dos copos...). Acompanhada pela S. (o Sudoeste vem aí!) e restante malta de Portalegre, lá vimos dEUS de tarde (grande sacrilégio) e The Cult como semi-estrelas (já não me lembrava de um concerto tão interminável e tão mau há muito tempo...). Entre macacadas várias e a omnipresente bifana, não consegui ficar para os Franz Ferdinand. Completamente exausta, consegui usar o argumento 'Vá, já os viste 3 vezes...' para me arrastar até um táxi e rumar ate à cama.
Quinta jantar com o M., que se andava a arrastar por Lisboa sozinho. Foi noite de massa rápida mas gulosa, garrafa de vinho verde, muito calor naquela sala e fotografias sem graça (eu entrava, claro...)
Sexta-feira rally paper pelas enigmáticas e belas terras de Sintra. Agora que estou mais perto de ser uma executiva e que me querem embebedar com o espírito corporativo da empresa, nada melhor que oferecerem actividades totalmente grátes, para fortalecer o team building (vejam como já uso o jargão da empresa... Arghhh.). Pelo menos, deu para galgar mato num UMM com 4 portugueses e uma alemã grávida ao lado, resolver enigmas ao calhas e descobrir que estávamos certos, ficar em quinto lugar e jantar descansadamente com um jarro de sangria como meu melhor amigo.
E ontem, last but not least, Wray Gun num cenário não menos belo e campestre. Posso finalmente descansar! Ok, não posso. Lembrei-me agora que Portugal joga hoje...
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