Eu e o chefinho. O chefinho não aguenta o flash que as máquinas modernas disparam e vai daí, deixa-se estar de olho fechado para não se chatear. É a pessoa com quem mais me lembro de discutir (saudavelmente, entenda-se). Não há quase nenhum assunto em que não discordemos: a higiene dos restaurantes chineses, o democracia (!) em Cuba, a actividade física ou as letras dos Moonspell. Mesmo assim, damo-nos muito bem. Menos quando ele me arrasta para bares góticos decadentes ou para bares em que o heavy metal toca muito acima dos decibéis que os meus ouvidos aguentam.
Faço um brinde. Comigo brinda a malta da pesada. Esta é a malta com quem ganho bilhetes para concertos, a malta com quem se pode beber duas imperiais e dar outros tantos dedos de conversa, a malta que quer fazer compras e ir ginasticar e ver filmes exclusivamente para mulheres. Da esquerda para a direita temos os dois chefinhos da nossa equipa, uma alentejana do Gavião, um alentejano de Castro Verde e a menina mais picuinhas da sala. Fofos.
Ao jantar segue-se um mini-espectáculo de Flamenco. Eu não consigo ver mais nada quando começa a tocar aquela música. Nunca soube explicar porquê mas sempre fiquei hipnotizada pelas saias, leques, cabelos bem apanhados atrás, flores no cabelo e pele morena. Fico completamente seduzida pelos movimentos dos bailarinos e não permito a ninguém a interrupção deste momento. Ao som de algumas guitarras parece que fico com os olhos marejados: é um som carnal e trágico. Y olé!
(fotografias de minha autoria, à excepção da primeira, da autoria da C.)
2 comentários:
Estou quase a viver o meu jantar de natal,lol,noites únicas....
tão linda com os polegares ponteantes :)
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