dezembro 16, 2007

Lately...

... estive no jantar de Natal do trabalho. Ao contrário do ano passado, o sítio escolhido foi bem mais pequeno e a comida (em vez de tradicionalmente portuguesa) era brasileira. Houve tempo para prémios e discos pedidos, caipirinhas que nunca chegaram à mesa e alguma cerveja pré-jantar. O momento era de amena cavaqueira (Eddie e eu) enquanto esperávamos que a fila para o buffet se dissipasse.
... voltei a casa pelo segundo fim de semana consecutivo, o que já não acontecia há algum tempo. Dias soalheiros mas gelados, o queixo a tremer à noite sempre que punha o pé na rua. Não houve música porque a viagem só acabou à uma da manhã mas espalhou-se a alegria com a surpresa que levei comigo de Lisboa. Da minha janela, enquanto tentava adivinhar quantos graus estavam na rua, olhava para o Gaspar, muito atento e preguiçoso. (Tu, pelo menos, reconhece-lo!) Se eu fosse um gato, não lamentava os dias tão mal utilizados e deixava-me ficar no parapeito, a gozar o Sol de Inverno.
... fico ainda mais deprimida quando penso no Natal. Não bastava não simpatizar muito com a quadra: este ano não vou poder mesmo festejá-la como antes. Trabalhar com base no comércio de retalho tem destas porcarias e, portanto, ninguém pode folgar no dia 24 ou 31 de Dezembro. Andamos todos à espera do milagre económico que nunca mais vem, esperamos vender as quantidades que nunca vão deixar os armazéns e por isso não temos direito a nenhum dia de descanso. Portanto, em vez de fazer a contagem decrescente para a noite de 24 em família, vou fazê-la em Lisboa e, em calhando, numa fila de trânsito qualquer em direcção a casa. Estou ansiosa que esta semana passe depressa... não me venham é falar da poesia ou da magia do Natal. Essa parte de mim fechou para obras.

1 comentário:

formiga negra disse...

Sim, esse gato eu não podia deixar de reconhecer!:) embora ache que já o confundi na rua...lol

*s