Ando há que tempos para escrever uma coisa em grande, assim uma coisa apaixonada e empolgante. Ando a ver se me apanho assim naquele estado febril de onde nascem as grandes sinfonias, os grandes parágrafos e as grandes tomadas de consciência. Não vejo esse dia chegar: nem a seco, nem com indutores de entusiasmo. Mas há qualquer coisa cá dentro a pedir para sair. É como se conseguisse ver o texto, desfocado, só adivinho a massa cinzenta dos caracteres. Lembro-me das oito páginas que já tinha montado/construído/conseguido antes do computador ser formatado e engulo em seco: havia ali matéria blogável.
De maneiras que é isto. Apetecia-me estar a escrever descontroladamente, embalada pelo ritmo da música, sem olhar para trás para corrigir a falta de acentos ou a concordância do verbo mas nada. Há coisas sobre as quais poderia escrever mas nunca com o arrebatamento de que sinto falta. É inútil, vou ficar inquieta como nos últimos dias. Vou deitar-me na cama de casal e meio e vou rebolar poucas vezes até me convencer que está na hora. Vou espreitar o email até me convencer que não há novidades de ninguém e de parte nenhuma. Vou aguardar penosamente o dia de folga para poder ficar deitada a ouvir a vida a acontecer lá fora sem que eu tenha que mexer uma palha. Vou convencer-me (por momentos) que na vida real, ao contrário da ficção, o fim nem sempre se faz anunciar. E, quando chega, é normalmente mais amargo do que nos fizeram acreditar.
De maneiras que é isto. Apetecia-me estar a escrever descontroladamente, embalada pelo ritmo da música, sem olhar para trás para corrigir a falta de acentos ou a concordância do verbo mas nada. Há coisas sobre as quais poderia escrever mas nunca com o arrebatamento de que sinto falta. É inútil, vou ficar inquieta como nos últimos dias. Vou deitar-me na cama de casal e meio e vou rebolar poucas vezes até me convencer que está na hora. Vou espreitar o email até me convencer que não há novidades de ninguém e de parte nenhuma. Vou aguardar penosamente o dia de folga para poder ficar deitada a ouvir a vida a acontecer lá fora sem que eu tenha que mexer uma palha. Vou convencer-me (por momentos) que na vida real, ao contrário da ficção, o fim nem sempre se faz anunciar. E, quando chega, é normalmente mais amargo do que nos fizeram acreditar.
3 comentários:
Compreendo o desejo.
Ontem, depois do Saraband, comecei a escrever algo. Como sempre não resisti a guardar durante algum tempo, e publiquei no blog.
Hoje, vi que falta qualquer coisa.
Mas compreende e assino por baixo o desejo de...
Podes sempre escrever sobre os Big Church of Fire.... :)
Pois posso, sr. Carteiro. Mas preciso de mais tempo a contactar com a sua música para que possa sair algo perto do épico... :P
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