Eu não sou propriamente aquilo a que se pode chamar uma animal person. Gosto dos bichos, sim senhor, mas, por alguma razão que o meu inconsciente esconde, não sou de fazer festinhas nem de rebolar com eles e dar beijinhos e essas coisas. Tenho, aliás, um pavor irracional de ser mordida por qualquer animal, especialmente nos casos em que se junta um grande número de exemplares caninos.
Por estas razões, o Gustavo é o animal ideal para mim. Está sossegado no seu aquário, não tem uma dentadura que me possa assustar, não pode esboçar um plano com outras criaturas para me atacar, não ladra nem faz qualquer outro tipo de som, não reclama atenção nem exige muitos cuidados especiais. Não posso evitar conversar com ele, nem ficar vidrada nos seus movimentos fugidios e nervosos, nem rir-me quando ele faz aquela boquinha de peixe enquanto olha para mim atrás do vidro. Nem sequer preciso de falar sobre o significado que ele tem para mim. É o Gustavinho e eu penso se ele estará bem quando estou longe dele.
8 comentários:
Havia um cartoon muito apropriado na última New Yorker! (aqui)
Nao é especialmente engraçado, eu sei, mas veio a propósito.
ãe, mãe... :P
Rita, espero que o Gustavo seja um pacifista e não pense em pegar num machado para magoar a dona :)
P., :P Humpf
mas olha, quando quiseres um cão é só dizeres
Não, deixa lá estar isso. A minha casa seria minúscula para um cão também!
Esse Gustavo tem ar de quem morde... viste-lhe os dentes?
:)
Beijos
Gustavo é um belo nome para um peixe ;)*
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