Os dias têm corrido sem darmos por isso. No trabalho, e com as coisas a aproximarem-se (demasiado) lentamente do fim, escasseiam as tarefas verdadeiramente importantes e, acima de tudo, que me garantam ainda alguma motivação. Das duas entrevistas a que fui nos últimos tempos, nem sinal. É claro que nenhuma empresa no seu perfeito juízo quer contratar uma grávida. Não consigo deixar de pensar que, apesar de ser uma discriminação filha da mãe, é a atitude mais lógica e enfim, acho que já me habituei à ideia de que, neste momento, ninguém me quer.
Mas a quem é que isto interessa quando se pode comer uma fatia deste bolo? E não interessa especialmente a ninguém quando o mesmo é acompanhado de um copo de leite gelado num final de tarde que quase soube a Primavera. Se antes já tentava viver desta maneira, agora estou ainda mais fã de apreciar as pequenas e simples coisas da vida: as calças que deixaram de me servir, a única pessoa que quero ao meu lado, o sumo de tangerina da minha mãe logo pela manhã, a maravilhosa mudança da hora, o meu diário de grávida, quatro dias de trabalho antes das férias. A minha vida agora mede-se em semanas e esta é a décima terceira do resto da minha vida.
4 comentários:
Boa semana que vem :)
gostei quando dizes "o meu diário de grávida"...uma grande prenda do teu homem! =) fofinho não é? ;)
Se eu comesse essa fatia de bolo tinha uma overdose de açúcar no sangue...
E também tens de dizer que ponto alto da semana foi ver a pulguinha com 11cm... Digo eu! =P
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