O mundo, como sempre, é visto por ele.
Há rituais que se perdem mas, de tempos em tempos, há rituais que se tentam recuperar, com maior ou menos taxa de sucesso. É o caso ali do bairro, onde, se bem me lembro, anos houve em que não se passou rigorosamente nada nos meses de Verão, a não ser algumas iniciativas de rua (ou seja, da autoria dos moradores de algumas ruas em particular). Ultimamente, e a bem duma tradição comunitária, têm-se resgatado festas, passeios e bençãos bastante participados e que eu vejo como um pouco de cimento, solidificando as relações dentro da comunidade. Isto ainda me faz sentir mais contente porque o meu pai é também uma peça deste movimento e, quanto mais não seja, encontra ali algumas actividades que o mantém ocupado e integrado.
Long story short, já é suficientemente bom estar grávida para ter desculpa para comer tudo e mais alguma coisa que me apeteça. Agora, se acrescentarmos as festas com as açordas e as sardinhas,a s máquinas de gelados e os sacos de algodão doce, bem... Vocês percebem.
(ainda hei-de voltar à minha terra, não só para comer e beber, mas para sentir que contribuo e faço parte de algo importante. Adoro Lisboa, com todo o coração, mas há dias em que me cansa ser apenas mais uma cara desconhecida, incapaz de fazer a diferença e com tanta vontade de ver a minha terra não morrer)
1 comentário:
Fico sempre a pensar quando me cruzo com vizinhos e nem sei o nome deles.
As relações inter pessoais são bem mais bonitas quando há lugar aos sentimentos, quando nos perguntam pelos filhos, como estamos. Faz-me muita confusão quando nem ao meu "bom dia" respondem.
Já agora, bom dia e boa semana.
Um beijinho
Enviar um comentário