Eu juro que, nos dias normais, não sou gaja para acreditar em vida para além da morte ou em múltiplas reencarnações. Mas, em dias como o de hoje, começo a achar que certamente já vivi outra(s) vida(s) antes. E, pior que isso, quando vivi essa(s) vida(s), era uma grandessíssima duma cabra, que fazia a vida dos outros num inferno. É que só isso pode explicar uma pessoa ter tanto azar junto. É azar atrás de azar. Às vezes, ingenuamente, penso que o pior já passou mas arranjo sempre mais uma maneira de bater ainda mais fundo. Ou esta porra é contagiosa ou é mesmo uma questão genética. Já vou dominando esta pose de Epá, vamos a eles, mal era se não tivéssemos saúde. Mas confesso que isso cansa: especialmente depois de passar de pessoa consolada no seio da família para a pessoa que tem que consolar todos e mais alguns.
Portanto, ou esta maré interminável-não-penses-que-não-há-pior-porque-oh-sim-consigo-desenrascar-mais-uma-desgraça acaba e eu posso, finalmente deixar de sentir pena de mim própria, ou tenho que tomar medidas ainda mais drásticas. Enquanto o Universo se decide, eu vou ali beber cerveja até não me conseguir lembrar mais disto e o Universo me parecer um tipo giro e justo.
3 comentários:
/me dá abraço, daqueles em silêncio. *
nena tar.. td se vai-se resolver..
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(L)
Ui ca bom :D 'Se vai-se' já é um clássico :D
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