outubro 06, 2006

Over and over and over again

Eu juro que, nos dias normais, não sou gaja para acreditar em vida para além da morte ou em múltiplas reencarnações. Mas, em dias como o de hoje, começo a achar que certamente já vivi outra(s) vida(s) antes. E, pior que isso, quando vivi essa(s) vida(s), era uma grandessíssima duma cabra, que fazia a vida dos outros num inferno. É que só isso pode explicar uma pessoa ter tanto azar junto. É azar atrás de azar. Às vezes, ingenuamente, penso que o pior já passou mas arranjo sempre mais uma maneira de bater ainda mais fundo. Ou esta porra é contagiosa ou é mesmo uma questão genética. Já vou dominando esta pose de Epá, vamos a eles, mal era se não tivéssemos saúde. Mas confesso que isso cansa: especialmente depois de passar de pessoa consolada no seio da família para a pessoa que tem que consolar todos e mais alguns.

Portanto, ou esta maré interminável-não-penses-que-não-há-pior-porque-oh-sim-consigo-desenrascar-mais-uma-desgraça acaba e eu posso, finalmente deixar de sentir pena de mim própria, ou tenho que tomar medidas ainda mais drásticas. Enquanto o Universo se decide, eu vou ali beber cerveja até não me conseguir lembrar mais disto e o Universo me parecer um tipo giro e justo.

3 comentários:

Sofia disse...

/me dá abraço, daqueles em silêncio. *

Anónimo disse...

nena tar.. td se vai-se resolver..

**

(L)

M. disse...

Ui ca bom :D 'Se vai-se' já é um clássico :D