novembro 21, 2007

Sobre inevitabilidades e dias de folga


Tábua de queijo e enchidos, seguida de moelas. Duas ginjinhas bebidas de golo, para acompanhar os moços na cerveja. O despertador caladinho, às sete da manhã, e os vizinhos a fazerem algazarra desde as oito. Acordar mas ficar na cama a gozar a luz e as sombras que vejo desenhadas no corredor. Sair da cama a fazer planos, a desfazer planos, a ensaiar discursos, a imaginar desculpas. Constatar como às vezes os serviços camarários funcionam na perfeição. Fazer a viagem no 28, ida e volta debaixo de um sol morno de Outono, enquanto os turistas entram e saem em todas as paragens. Entrar no cabeleireiro mais próximo e pedir para arranjar as unhas, saindo de lá não só com as unhas arranjadas mas também com um tratado sobre cabelos brancos, vernizes no frigorífico, conselhos femininos que não pedi. Reforçar mais uma vez a ideia de que todos os cabeleireiros não passam de um grande cliché. Entrar em casa, planear um almoço saudável e uma tarde debaixo de cobertores, vendo episódio atrás de episódio de uma série qualquer. Esperar.

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