junho 21, 2009

Crónica breve dos últimos dias

A segunda foto é da autoria de Anthony Suau e a terceira deste fotógrafo.

Os quase quarenta graus que se fazem sentir ali fora já não são novidade para ninguém, embora me espantem sempre que ponho um pé na rua, porque espero sempre que corra uma aragem. Há já uns três dias que a ventoinha funciona quase non-stop, tentando evitar que eu desidrate com a quantidade gigantesca de suor que esta casa me está a provocar. Comecei mansinha, no programa Low mas, enquanto escrevo, penso se não seria melhor logo experimentar tudo o que ela tem para me dar [cliquei no High mas a diferença é pouca].

Consegui(mos) fugir às filas intermináveis para as praias do outro lado, acordando invulgarmente cedo para uma manhã de Sábado. Há uma senhora de aspecto duvidoso que me vende um guarda-sol e que, num assomo de sinceridade, me garante que tem ali peças a cinco euros mas que são feitas de nylon e que, se as pessoas soubessem, não torravam debaixo daquilo. E depois eram nove da manhã e a água estava já a uma temperatura tão agradável e o Sol avançava, quase agressivo, especialmente para quem ainda não tinha um centímetro de corpo bronzeado. Consegui(mos) fugir ás filas do regresso a casa, deixando a praia mais cedo do que a metade de Lisboa que parece fugir para lá e ainda há tempo para ver a World Press Photo logo no dia da abertura em Belém, depois do banho tomado mas ainda com os mesmos quarenta graus da tarde. A sorte é que o Museu da Electricidade, apesar do espaço aberto, tem um óptimo sistema de ventilação.

E o dia termina-se com uma boa surpresa. Sem saber à partida, acabo (amos) no restaurante do senhor que faz os anúncios daquela marca de azeite, um sítio bonito e acabado de estrear, com um serviço simpatiquíssimo e petiscos do melhor que já provei. Só para abrir o apetite, que está quase na hora do almoço, comemos codornizes com cerejas e moelas fritas com maçã e camarão salteado em malagueta e alecrim, entre outras coisas divinais. Se disse que acompanhámos com um Cabriz tinto, não é de estranhar termos saído do restaurante depois das onze da noite completamente satisfeitos, a precisar de caminhar um pouco e com aquela sensação de relaxamento a aumentar os níveis de preguiça.

É, oficialmente, o primeiro dia de Verão, o tempo esforça-se por acompanhar a estação e os últimos dias foram particularmente ricos em termos gastronómicos. Falta uma semana para ir de férias e tenho ao meu lado a minha pessoa preferida. Uma pessoa até estranha mas é (também) oficial: dificilmente conseguiria ser mais feliz.

4 comentários:

Maria del Sol disse...

:)

Ao menos que haja alguém incomensuravelmente feliz enquanto deste lado do monitor se vivem dias de penumbra caseira, tédio e convalescença. Que sejam umas óptimas férias!

a Gaja disse...

oh até me abriste o apetite...também quero.

Gosto do teu blog.

Beijinho

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Eurico Ricardo disse...

nao te esqueças de passar pelo MUDE para ver a exposiçao "ombro a ombro"

Joana disse...

Rapariga vê lá não leves já um bronzeado muito avançado para as férias porque se eu estou extremamente branca (a dar quase para o transparente) oa teu lado ainda fico pior...::)Tá quase:):)