agosto 24, 2009

Aquele querido mês de Agosto (em diferido do interior)*

Todos sabemos que, chegado o oitavo mês do ano, regressa misteriosamente e um pouco por todo o lado um outro país. É um país invadido pelas matrículas francesas e luxemburguesas, pessoas com saudades da sua aldeia natal, anúncios de festejos pregados por essas árvores fora. Este outro país não estende as suas fronteiras além do centro do país real, em que as estradas não estão congestionadas por quem chega de longe e em que o verde foi, desde há muito, trocado pelo amarelo das searas.

Tentando escapar à onda de saudosismo desses Mercedes tão bem estimados e à vontade de carregar com o andor na procissão e à profusão de penteados muito devedores da estética dos anos oitenta, deixei-me ficar pela beira da piscina, lendo todos os suplementos que tinha em atraso mas não ainda capaz de despachar o livro de uma vez por todas. Subimos ao Caramulinho e estavam certamente entre trinta e quarenta graus centígrados e nós suávamos enquanto dizíamos que caminhadas daquelas devem ser guardadas para outras estações. Ainda não foi desta que consegui acabar com a fobia dos eólitos. À hora do jantar, conseguimos desencantar os sítios mais encantadores para se comer boa alheira e para se beber Cabriz. O tempo, sabemos todos também, não chega para tudo mas chegou para dar um pulo a Viseu e a Aveiro, a tempo de chegar a Lisboa para descansar... do fim de semana.

*com outros postais ilustrados aqui.

2 comentários:

Eurico Ricardo disse...

*vem devagar emigrante*

Anónimo disse...

é sempre bom evitar esses espécimes saudosistas de mercedes sempre que se pode.
:)