Ainda estou na mesma casa em Lisboa mas podia igualmente estar num país tropical: o calor que está dentro de casa deixa toda a gente mole e disputamos os lugares vazios para as sestas, estou a suar constantemente como nos meus dias mais fracos de ginásio. Durmo com a minha irmã no quarto e com mais umas amigas, cuja principal ocupação é zumbirem nos meus ouvidos e sugarem-me o sangue (sempre disseram que era por ter um sangue docinho e eu ficava contente mas também neste campo estou a atingir os limites da minha tolerância...). Já não há pijama ou camisa de noite que me aguente e ainda tenho a infelicidade de ter o edredon na cama. Como é que nós vivíamos antes do ar condicionado? Com ventoinhas, eu sei, mas tenho uma a funcionar constantemente na sala e, francamente, até é pior: há um je ne sais quoi de tortura neste vaivém de ar fresco (?). Ver o Friends é também uma tortura, das mais rebuscadas mesmo, sentada num sofá velho, cuja cobertura parece de veludo (e cheio de roupa velha de alguém onde devia estar uma cama...).
E depois deste calor todo, ainda tenho que me debater com um ataque de indecisão daqueles feios. Estou quase a chegar à fase em que tenho que usar uma folha de papel para decidir. Primeiro, foi decidir se ia a Portalegre ou não. Eu sei, eu sei, que raio de pessoa sou eu que preciso de ajuda a tomar uma decisão destas? Mas depois de me mortificar a pensar, resolvi ir. Mas só porque a minha avó caiu e é capaz de precisar da minha disponibilidade.
E depois deste calor todo, ainda tenho que me debater com um ataque de indecisão daqueles feios. Estou quase a chegar à fase em que tenho que usar uma folha de papel para decidir. Primeiro, foi decidir se ia a Portalegre ou não. Eu sei, eu sei, que raio de pessoa sou eu que preciso de ajuda a tomar uma decisão destas? Mas depois de me mortificar a pensar, resolvi ir. Mas só porque a minha avó caiu e é capaz de precisar da minha disponibilidade.
E há depois a questão do concerto de Domingo... Esta semana comprei o bilhete para Pearl Jam, mesmo sabendo que vou ver o concerto sozinha. Não me ia perdoar se não os visse outra vez. Mas os Sigur Rós* também vêm no Domingo e ainda não consegui perceber se consigo ou não (o que é o mais provável) sentar-me no Pavilhão Atlântico sozinha, de olhos fechados e lágrimas a forçar a sua saída. Argh. Há altura em que odeio tomar decisões.
*numa altura estranha da minha vida, chegava a casa às sete da manhã, depois de demasiadas cervejas e boa conversa e deitava-me na alcatifa, bem no meio da minha sala, a ouvir o ( ) em altos berros. Tinha os olhos fechados e era bom.
5 comentários:
até me admiro cm é q n vieste ter cmg pa me perguntares o q é q TU devias fazer.. LOL
olha.. agr q penso nisto.. TU é q podias fazer a cena do diário de sofia! punhas aqui as tuas indecisões e.. dp..
"o q é q axas q devo fazer??"
"o q é q tu farias?"
uhuh!!
**
aaaaah! e sim.. tá um calor filho da mãe.. daaaass!!!
então e comprar um dumdum electrico e deixar ligado 1h no quarto antes de dormir!? custa 5€!
Isto é o que eu chamo.. um post alternativo. :)
Gostava de ir ver Sigur Rós. :|
E sim.. calor filho da mãe! ARGH! *
Desde que vim para a Alemanha que vou sempre sozinha a concertos. Nao me incomoda. Pelo contrário. É só meu. No fim, o máximo que poderei fazer é enviar uma ou outra sms a comentar como foi bom, mas nao tem necessariamente de ser.
Vai a Sigur Rós. Eu nao pude ir quando eles cá vieram e sei que devo ter perdido um dos concertos da minha vida. Vai a todos os concertos que possas e fá-lo como no trabalho: como se fosse o melhor do mundo. Porque até pode ser.
Enviar um comentário