Os meus pais foram-se embora hoje, depois de duas semanas em Lisboa, levando com eles também a minha irmã. Fiquei, portanto, sozinha. E, como tantas outras vezes, não consigo decidir se me sinto bem ou se, pelo contrário, já sinto a falta deles. Estiveram cá a passar férias (a vida não está, realmente, para brincadeiras) e agora voltaram a Portalegre.
Às vezes temos grandes discussões, especialmente quando estamos todos juntos em Lisboa. Eles não percebem que, depois de 9 anos a morar sozinha, já me custa que interfiram nos meus hábitos. É óbvio que quero que eles possam dispor da minha casa e possam fazer aquilo que lhes der na real gana. Mas ao mesmo tempo gosto de me manter fiel a hábitos, ou melhor, à falta deles. E por isso, quando às vezes respondo mais torto ou com menos entusiasmo, isso não significa que não goste deles ou que me estejam a incomodar. Só que já sou independente há demasiado tempo. Vim para Lisboa aos 17 anos e, desde aí e ainda que não financeiramente (até agora), sou uma pessoa independente. Portanto, faço o meu próprio pão (ideia é uma cortesia deste moço), lavo a louça só DEPOIS de ver os Friends e tenho vinho em casa que, provavelmente, nunca vou abrir. Mas gosto deles na mesma. Muito.
E depois sobe-me a parvoíce toda a cabeça. Há duas coisas que faço de imediato quando fico em casa sozinha: ligo a música em altos berros e falo sozinha enquanto estou a cozinhar. O tipo de música depende, obviamente, do estado de espírito: desta vez foram os Chemical Brothers, porque tenho muita energia para gastar e porque acho que a vida nem me trata muito mal. Já houve vezes em que só queria sentir-me ainda mais miserável mas isso são outras conversas. E depois, apesar de não me considerar uma faladora nata, sinto falta de ter alguém com quem conversar e, por isso, falo com pessoas que invento enquanto estou na cozinha. E, meus amigos, nessas alturas sou uma pessoa muito mais confiante, irónica e muito, muito mais sorridente.
De isto tudo concluo uma coisa muito simples: que não fui feita para estar sozinha e muito menos fui feita para estar acompanhada. E enquanto me movimentar nesta ambiguidade estou feita ao bife: não deixo ninguém entrar e não autorizo ninguém a sair. Bah.
Às vezes temos grandes discussões, especialmente quando estamos todos juntos em Lisboa. Eles não percebem que, depois de 9 anos a morar sozinha, já me custa que interfiram nos meus hábitos. É óbvio que quero que eles possam dispor da minha casa e possam fazer aquilo que lhes der na real gana. Mas ao mesmo tempo gosto de me manter fiel a hábitos, ou melhor, à falta deles. E por isso, quando às vezes respondo mais torto ou com menos entusiasmo, isso não significa que não goste deles ou que me estejam a incomodar. Só que já sou independente há demasiado tempo. Vim para Lisboa aos 17 anos e, desde aí e ainda que não financeiramente (até agora), sou uma pessoa independente. Portanto, faço o meu próprio pão (ideia é uma cortesia deste moço), lavo a louça só DEPOIS de ver os Friends e tenho vinho em casa que, provavelmente, nunca vou abrir. Mas gosto deles na mesma. Muito.
E depois sobe-me a parvoíce toda a cabeça. Há duas coisas que faço de imediato quando fico em casa sozinha: ligo a música em altos berros e falo sozinha enquanto estou a cozinhar. O tipo de música depende, obviamente, do estado de espírito: desta vez foram os Chemical Brothers, porque tenho muita energia para gastar e porque acho que a vida nem me trata muito mal. Já houve vezes em que só queria sentir-me ainda mais miserável mas isso são outras conversas. E depois, apesar de não me considerar uma faladora nata, sinto falta de ter alguém com quem conversar e, por isso, falo com pessoas que invento enquanto estou na cozinha. E, meus amigos, nessas alturas sou uma pessoa muito mais confiante, irónica e muito, muito mais sorridente.
De isto tudo concluo uma coisa muito simples: que não fui feita para estar sozinha e muito menos fui feita para estar acompanhada. E enquanto me movimentar nesta ambiguidade estou feita ao bife: não deixo ninguém entrar e não autorizo ninguém a sair. Bah.
11 comentários:
oooh.. n tou áí eu pa falar ctg.. :s
e sinto exactamente o mm em relação aos pais.. aaai..
**
n te quedes trista!
Aquela parte do falar sozinha partiu-me todo. Gostei bastante (pensava que era só eu - afinal já não estou só no mundo!!!).
LOL O quê, pensavas que eras o único com desarranjos mentais não? :P
tipo.. eu falo sozinha.. like.. all the time!!
muahahahaha!
Hum..Posso só dizer que também falo sozinha?:)Ora invento pessoas, ora falo com pessoas que já conheço...mas a situação mais habitual é ter longas conversas (que sei que nunca irei ter) com as pessoas que já fazem parte da minha vida.**
Com o João? :D
LOOL
...conversas de assuntos muito sérios, que ainda bem que saem enquanto estou sozinha porque ao saírem quando estou com as pessoas "verdadeiras imaginadas" amaciam e formam calo.
Como te percebo! Ser livre de almoçar/jantar a qualquer hora, não fazer a cama de vez em quando, usar calças rasgadas e não ouvir um "pareces um pedinte..". Pequenos promenores que tornam a vida muito mais intensa e menos programada. Quero ser para sempre LIVRE!!!!!!!!
É oficial.. todos nós falamos sozinhos. LOL
Adoro a maneira como consegues pôr tão bem em palavras, alguma coisa do que te vai na alma, Marisa. :)
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