junho 25, 2008

E assim acontece

Pois é. Algo impressionada com o trailer deste filme, resolvi que estava na altura de um bocadinho de emoção numa sala de cinema. Não sou particularmente fã dos filmes de M. Night Shyamalan, é certo, mas não descartava a hipótese de mudar de ideias. E até sou uma pessoa mais ou menos crédula, se souberem como me levar. A ideia duma vingança da Natureza contra a forma como temos tratado o planeta até nem era difícil de aceitar mas a forma como tudo acontece... é demasiado má.

Portanto: eu consigo acreditar na vingança das plantas, que libertam uma toxina que inibe instinto de auto-preservação dos humanos, levando ao suicídio colectivo numa questão de minutos. O que eu não consigo engolir é que isto se passe num espaço curto de horas, sem razão aparente, sem explicação plausível que não uma hipótese lançada ao ar; que a história que liga as personagens principais se cole demasiado àquilo que aconteceu na Guerra dos Mundos (que, sendo igualmente fantasioso, era um filme que se sustentava sozinho); que os momentos de suposto terror alternem com piadas low-profile; que, intencionalmente ou não, se veja em diversos momentos do filme o microfone mesmo acima dos actores (numa cena em que uma personagem leva um tiro na cabeça, a aparição do microfone é especialmente absurda); que as personagens sobrevivam à catástrofe apenas porque se amam e estão a tentar superar uma (pouco credível) crise conjugal. Portanto, eu sabia o que dizia quando, antes do filme, sugeria vermos antes o Sexo e a Cidade - é que era trigo limpo, farinha amparo: sabia-se exactamente o mau que iria ser.

3 comentários:

locusapien disse...

Desculpa mas vou ter de discordar contigo. O pormenor técnico revolucionário dos ditos micros, no momento exacto, é extraordinário. Também não apareceram muitas vezes, só cerca de 13. A cena que dizes que acabou pelo amor deles é falso. Acabou porque o filme já passava da hora e o realizador sabendo do horário que se tinha comprometido assim entendeu terminar, mas não porque foi o amor mas sim a hora, 9.33h a.m. do dia seguinte, já passava como podes notar três minutos. Agora que foi um filme mau, não tenhas dúvidas, um dos piores que vi em toda a vida, mas gostei. É uma obra de arte, daqui a uns anos vais compreender o porquê do Shimilaianainmam ter feito o que fez, com quem fez e como fez. Esta história, que pode ser uma realidade se não nos pusermos a pau com a natura, tem a tal parte fictícia que dizes, aquela parte do amor do casal. Tens de compreender que são actores e são pagos para fazer aquelas cenas, muito más, mais uma vez. Gostei da conversa da farmácia, fez todo o sentido, bem como a maior parte dos diálogos. Não foi uma perda de tempo ver este filme, havia gente interessante sentada à nossa volta. Notei isso. Estava um casal mesmo ao meu lado a… comer pipocas, daquelas que levam sal e puxam a bebida, via-se como salivavam… bem, o filme valeu a pena, pena foi não ter conseguido o numero da tal pessoa para a insultar, muito! Isto não foi uma reflexão, foi sim uma dissertação para doutoramento sobre as margaridas e as suas inesperadas oscilações flatulosas endrominas.

Qual sexo e a cidade... pufff

Vou dizendo...

Anónimo disse...

quero mt ir ver esse filme, mas já tenho lido críticas tão mázinhas...

ainda assim quero ir.

Xana disse...

Aplausos! De pé!!
Mauzinho, MAUZINHO...