Ao último dia, resolvo deixar a zona do BeNeLux e aventuro-me em terras germânicas, em parte porque estou demasiado perto para não aproveitar mas também porque sou mulher e há esse lado em mim que me obriga a aproveitar a oportunidade de comprar cremes a 0,85€. Era o verdadeiro último dia de férias, depois disso viria o fim de semana que nos deixa sempre aquela impressão de que Eh, amanhã já é segunda. Foram, pois, agradáveis horas de comboio, perdida entre as verdejantes colinas belgas e os intermináveis prados alemães.
De ambos os lados da fronteira, casas enormes, escondidas pela vegetação, protegidas de todas as inanidades deste Mundo assomavam para quem seguia atentamente as ligeiras variações da paisagem. Todas as casas eram construídas com aquele tijolo castanho, tristonho, mas em quase todas também descobria um quintal onde a dona de casa estava estendida numa espreguiçadeira (aproveitando o tímido Sol do Norte) ou onde se via uma criança brincando, sossegada. Só me ocorria Podíamos morar aqui e aqui também e viver sossegados aqui mas temos andado noutras direcções.
Quando saí da estação em Colónia, fiquei meio em pânico. A saída dá directamente para a catedral gótica, um monumento colossal, esmagador e negro que parece quase ameaçar-nos. E eu deixo-me facilmente intimidar por monumentos desta grandeza (já viram o Palais de Justice em Bruxelas? Tenho medo.). Depois, ao avançar pelas ruas onde se multiplicavam as lojas, continuou a ser o terror: nunca tinha visto tão grande número de turistas, tantas lojas reviradas de alto a baixo, tantas sucursais da H&M na mesma rua. Pensei que os moradores de Colónia devem ter dias próprios em que podem sair à rua, tranquilamente e sem esbarrarem em milhares de visitantes consumistas. Não cheirei a água de Colónia, como se impunha. Nem subi todos os degraus da catedral, porque sou um bocado alérgica a filas intermináveis.
Passeei, antes, pelas margens do Reno, onde outros milhares de pessoas se estendiam na relva, esperavam pelos barcos de cruzeiro ou simplesmente descansavam. Era muita gente e, acima de tudo, era muita gente a falar Alemão. Mas como há um botão na minha cabeça que me permite desligar línguas, sentei-me sossegada a ler, enquanto fazia tempo para o comboio. Já tinha as compras feitas, já tinha o peito cheio de saudades de casa, já suspirava pelo regresso. Estava em Colónia, eram cinco da tarde e eu pensava como, em turismo, partir é tão bom quanto regressar.
* a excepção a ser feita com esta visita à Alemanha.
De ambos os lados da fronteira, casas enormes, escondidas pela vegetação, protegidas de todas as inanidades deste Mundo assomavam para quem seguia atentamente as ligeiras variações da paisagem. Todas as casas eram construídas com aquele tijolo castanho, tristonho, mas em quase todas também descobria um quintal onde a dona de casa estava estendida numa espreguiçadeira (aproveitando o tímido Sol do Norte) ou onde se via uma criança brincando, sossegada. Só me ocorria Podíamos morar aqui e aqui também e viver sossegados aqui mas temos andado noutras direcções.
Quando saí da estação em Colónia, fiquei meio em pânico. A saída dá directamente para a catedral gótica, um monumento colossal, esmagador e negro que parece quase ameaçar-nos. E eu deixo-me facilmente intimidar por monumentos desta grandeza (já viram o Palais de Justice em Bruxelas? Tenho medo.). Depois, ao avançar pelas ruas onde se multiplicavam as lojas, continuou a ser o terror: nunca tinha visto tão grande número de turistas, tantas lojas reviradas de alto a baixo, tantas sucursais da H&M na mesma rua. Pensei que os moradores de Colónia devem ter dias próprios em que podem sair à rua, tranquilamente e sem esbarrarem em milhares de visitantes consumistas. Não cheirei a água de Colónia, como se impunha. Nem subi todos os degraus da catedral, porque sou um bocado alérgica a filas intermináveis.
Passeei, antes, pelas margens do Reno, onde outros milhares de pessoas se estendiam na relva, esperavam pelos barcos de cruzeiro ou simplesmente descansavam. Era muita gente e, acima de tudo, era muita gente a falar Alemão. Mas como há um botão na minha cabeça que me permite desligar línguas, sentei-me sossegada a ler, enquanto fazia tempo para o comboio. Já tinha as compras feitas, já tinha o peito cheio de saudades de casa, já suspirava pelo regresso. Estava em Colónia, eram cinco da tarde e eu pensava como, em turismo, partir é tão bom quanto regressar.
* a excepção a ser feita com esta visita à Alemanha.
2 comentários:
Estive em Colónia a 21 de Maio e tu?
Ah quase! Estive lá no dia a seguir, na sexta!
O mundo é um penico ;)
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