Perto do canto inferior direito da fotografia, a mão dela, tremida, aberta, paira por cima da perna dele; a mão dele, semicerrada, está nem a um centímetro da dela. O que está nesta fotografia não é ela nem ele - é o plural.
(às vezes o mundo explode, o meu interior encolhe-se, fecha-se sobre si mesmo. às vezes sou toda agressão e as palavras falham-me. falha-me também a doçura no coração, escapam-se-me os vocábulos da ternura e é tudo amargo por dentro. tento imaginar até quando vou viver com o coração na boca, até quando serei onda de fúria irracional mas não consigo prever-lhe o fim. é uma experiência fora-de-corpo, a língua querendo furar a muralha de silêncio que também me imponho. mas, noutros dias, compreendo como tudo o que me foi dado é a maior das bençãos e que o que vejo de fora chama-se mesmo amor.)
(às vezes o mundo explode, o meu interior encolhe-se, fecha-se sobre si mesmo. às vezes sou toda agressão e as palavras falham-me. falha-me também a doçura no coração, escapam-se-me os vocábulos da ternura e é tudo amargo por dentro. tento imaginar até quando vou viver com o coração na boca, até quando serei onda de fúria irracional mas não consigo prever-lhe o fim. é uma experiência fora-de-corpo, a língua querendo furar a muralha de silêncio que também me imponho. mas, noutros dias, compreendo como tudo o que me foi dado é a maior das bençãos e que o que vejo de fora chama-se mesmo amor.)
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