Todas as imagens são deste fotógrafo.
Eu gosto muito de viajar mas lembrei-me nestes dias porque é que o avião se tornou num meio de transporte tão em voga. Passar dez horas (!) do meu dia dentro de um carro entre dois países que até me são queridos não é exactamente o tipo de viagem do qual gostaria de me recordar. Se a estas horas juntarmos a aridez de uma paisagem pouco atractiva (numa das raras excepções, hei-de voltar brevemente ao Monasterio de Piedra), os controlos sucessivos dos radares e a falta de música que nos apeteça ouvir, então a viagem torna-se ainda mais penosa.
Mas, mesmo tendo começado este relato com a única coisa realmente negativa ou pouco satisfatória destes dias, não posso dizer que não tenha adorado toda a sequência de eventos que se foram transformando em memórias muito rapidamente, tão rápido como as horas que voaram entre quinta-feira à tarde e domingo à noite. A logística de viajar com mais cinco pessoas revelou-se fácil de dominar em algumas alturas e menos boa de aturar noutras. Foi impressionante a velocidade com que se montou e desmontou um quarto em Madrid e agradável a articulação que permitiu que as refeições não se tornassem em momentos de ansiosa espera. Mas os banhos e as toilletes e as vontades de uns e de outros foram o mais difícil de conjugar.
O casamento foi bonito. Eu mal contive a emoção de ver a noiva entrar pelo braço do pai e de me aperceber dos nervos do noivo já no altar. É-me difícil explicar o que sinto quando vejo duas pessoas que realmente gostam uma da outra, mesmo com todas as teimosias e desentendimentos naturais a duas diferentes personalidades. Por isso, a emoção foi redobrada porque, além de enamorados, os noivos são bons amigos e merecem toda a felicidade do Mundo. Pela primeira vez, cheguei a um casamento pelo meu próprio pé, desfilando o meu modelito (ainda esperando fotografias à altura) pelas ruas abafadas e apinhadas de Zaragoza e à mercê das sandálias herdadas da minha mãe. Levados ao restaurante por um pequeno comboio, houve tempo para belíssimos copos de vinho branco, pão coberto com tomate e presunto, relva fresca e uma temperatura amena. Depois do jantar, foi dançar tanto quanto as sandálias permitiam, aproveitar a barra livre para pouco esmerados gins tónicos, recordar esta coreografia.
Zaragoza é uma cidade muito bonita mas eu sou suspeita porque também sou apaixonada pelas cidades espanholas. Fiquei impressionada com o cuidado com que estão tratados os marcos arquitectónicos da cidade (alguns pareciam acabados de construir!), com a imponente Plaza del Pilar e pelas várias pontes sobre o Ebro. É uma cidade muito viva, pulsante, com sessões de tango em pequenas praças e uma zona em requalificação depois da Expo do ano passado. E - confirma-o quem esteve lá comigo - é a cidade das noivas e dos casamentos. Havia noivas por todo o lado: cafés, encostadas a montras, a chegar à recepção dos hotéis, sobre as pontes e nos ancoradouros do Ebro. Com elas, os noivos, passeando a pé pela cidade e acompanhados pelos fotógrafos de serviço. É como se a vontade de casar ali fosse contagiosa. Voltei solteira, caso queiram saber.
Mas, mesmo tendo começado este relato com a única coisa realmente negativa ou pouco satisfatória destes dias, não posso dizer que não tenha adorado toda a sequência de eventos que se foram transformando em memórias muito rapidamente, tão rápido como as horas que voaram entre quinta-feira à tarde e domingo à noite. A logística de viajar com mais cinco pessoas revelou-se fácil de dominar em algumas alturas e menos boa de aturar noutras. Foi impressionante a velocidade com que se montou e desmontou um quarto em Madrid e agradável a articulação que permitiu que as refeições não se tornassem em momentos de ansiosa espera. Mas os banhos e as toilletes e as vontades de uns e de outros foram o mais difícil de conjugar.
O casamento foi bonito. Eu mal contive a emoção de ver a noiva entrar pelo braço do pai e de me aperceber dos nervos do noivo já no altar. É-me difícil explicar o que sinto quando vejo duas pessoas que realmente gostam uma da outra, mesmo com todas as teimosias e desentendimentos naturais a duas diferentes personalidades. Por isso, a emoção foi redobrada porque, além de enamorados, os noivos são bons amigos e merecem toda a felicidade do Mundo. Pela primeira vez, cheguei a um casamento pelo meu próprio pé, desfilando o meu modelito (ainda esperando fotografias à altura) pelas ruas abafadas e apinhadas de Zaragoza e à mercê das sandálias herdadas da minha mãe. Levados ao restaurante por um pequeno comboio, houve tempo para belíssimos copos de vinho branco, pão coberto com tomate e presunto, relva fresca e uma temperatura amena. Depois do jantar, foi dançar tanto quanto as sandálias permitiam, aproveitar a barra livre para pouco esmerados gins tónicos, recordar esta coreografia.
Zaragoza é uma cidade muito bonita mas eu sou suspeita porque também sou apaixonada pelas cidades espanholas. Fiquei impressionada com o cuidado com que estão tratados os marcos arquitectónicos da cidade (alguns pareciam acabados de construir!), com a imponente Plaza del Pilar e pelas várias pontes sobre o Ebro. É uma cidade muito viva, pulsante, com sessões de tango em pequenas praças e uma zona em requalificação depois da Expo do ano passado. E - confirma-o quem esteve lá comigo - é a cidade das noivas e dos casamentos. Havia noivas por todo o lado: cafés, encostadas a montras, a chegar à recepção dos hotéis, sobre as pontes e nos ancoradouros do Ebro. Com elas, os noivos, passeando a pé pela cidade e acompanhados pelos fotógrafos de serviço. É como se a vontade de casar ali fosse contagiosa. Voltei solteira, caso queiram saber.
3 comentários:
espero que não sejas apaixonada por badajoz, que é tipo a cidade mais feia do mundo!
LOL
é, não é P.!?!
(não sou fotógrafo... =P)
Vieste solteira mas se quisesses tinhamos lá ficado mais uns dias e isso tinha se arranjado:)
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