julho 02, 2010

Com licença, que se vai desabafar.

Eu hoje vinha aqui escrever um post inteiro dedicado à forma como odeio pessoas no geral. Acho que a culpada é esta minha situação no trabalho: apenas obrigada a trabalhar três dias por semana (obrigada pelo crédito de horas, pessoas que inventaram os despedimentos colectivos!) mas cansada de vir apenas por obrigação, tendo que fazer as mesmas recomendações todos os dias, lembrando as pessoas das mesmas responsabilidades todas as santas manhãs. Estou incrivelmente farta das pessoas que me tentam fazer passar por parva, especialmente depois de quatro anos de percurso profissional lado a lado, sem respeitarem hierarquias nem colegas. E eu sei que toda a gente está cansada e apenas deseja que chegue depressa o dia trinta e um para se poder fazer à vida mas caramba, era preciso dificultar as coisas até no final? Depois de terminar a escola e eu não ter rigorosamente mais nenhuma obrigação pendente, pensei que fosse possível relaxar e levar estes últimos dias com tranquilidade mas não, parece que ainda não é desta.

E depois, que dizer das pessoas nos transportes públicos que reclamam comigo porque eu não pedi o lugar das grávidas? E tentam que as restantes passageiras condenem com esta barbaridade e me passem na hora um atestado de negligência? Ou o que fazer com as pessoas que tentam passar-me à frente nas caixas de supermercado, mesmo quando não existe nenhuma caixa prioritária e depois conseguem fingir que não me viram? Caramba, eu estou grande! E também gostava de saber o que dizer quando a pedicure a acabar o seu curso faz questão de me contar daquela vez em que estava na sanita a fazer um teste de gravidez, enquanto o marido a pressionava ao telefone.

Não, peço desculpa, mas não gosto de pessoas. Não sou eremita porque não me deixam e lido muito bem com as pessoas que me designam de anti-social. E todos os dias é mais difícil acreditar nessa treta de que sou muito boa a trabalhar em equipa porque neste momento já não tenho pachorra para a equipa que me calhou em sorte e, depois de quatro anos, quero apenas um pouco de distância. Provavelmente, isto passa-me assim que soarem as seis horas e eu puder pensar em mais quatro dias longe desta secretária. Mas, até lá, eu odeio pessoas. Espero que o gaiato seja imune à minha má disposição.

1 comentário:

Grasi disse...

Em muitos dias compartilho deste teu sentimento...
Algumas pessoas chegam a ser impossíveis!!
Bjão lindona :)