Portalegre, pormenor do Paço Episcopal
E eis que ao último dia de férias a chuva dá uma trégua. Em vez das enxurradas dos últimos dias, um Sol tímido por entre nuvens muito altas fez-me ter vontade de sair de casa. Os últimos 5 dias tinham sido passados fechada em casa, sem vontade de encarar a chuva ou o vento forte. Hoje, que é oficialmente o meu último dia de férias, aproveitei para passear um pouco e para [literalmente] ver a luz do dia. Não sinto grande coisa em relação ao fim das férias: demasiado tempo de inactividade leva-me sempre a desejar regressar à rotina. Talvez Domingo o sentimento seja outro e me recuse a entrar no carro para mais duzentos quilómetros. Vou tentar aproveitar ao máximo o tempo que me resta aqui para que na Segunda, quando voltar a ser escrava do sistema (um sistema qualquer, um monstro abstracto e castrador), possa rir-me por dentro e encarar o regresso com coragem.
1 comentário:
Já diz o povo: "Abril, águas mil"! E hoje soube que há uma frase popular alemã semelhante: "April, April, Es macht was Es will". E já o T. S. Elliot se queixava do mesmo: "April is the cruellest month, breeding / lilacs out of the dead land, mixing / memory and desire, stirring / dull roots with spring rain." Coragem, e bom regresso ao trabalho!
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