julho 14, 2007

São dez da manhã e, assim que saio de casa, dou conta do calor - é o mesmo que me aquece o quarto o dia inteiro para não me deixar respirar à noite. Assim que chego, lanço-me para a água e nado um bom bocado, sempre sem vir à tona respirar. Toco na parede e faço uma pausa de segundos, torno a nadar. Olho para a pele do meu pai e vejo de onde me vem a cor, olho para a pele da minha irmã e pergunto-me de onde virá ela. Sento-me à beira da piscina e sinto uma brisa que podia deixar-me desconfortável mas que me deixa apenas fresca.

Deito-me ao Sol: gosto de estar assim, deitada apenas, sem nenhum objectivo debaixo deste astro alentejano (porque Sol como este não há em mais lado nenhum). Um insecto que não soube reconhecer deixa-me o seu ferrão entre duas veias e só dou conta depois da sesta da tarde. Lá fora, só se ouvem as cigarras e os grilos que alguém guardou numa gaiola, alimentados a alface. Hoje encho-me de recordações.

3 comentários:

Anónimo disse...

venho do mesmo sítio q tu, oooooooooh! humpf!

Sofia disse...

Epah.. LOOOL para o wonder de onde vem a miúda!

Catarina disse...

Nem Sol nem céu azul, tão azul! Não há de facto em mais lado nenhumm