O que é que têm em comum uma grelha de churrascos velhas, uma marioneta mexicana, um termo e uma panela, uma caixa de ferramentas e um jogo de sinos? São todos tocados pelas irmãs mais criativas que já vi até hoje, as Vermillion Lies. Poucas vezes me aventurei a ver um concerto de um artista ou de uma banda que não conhecesse mas, pelos vistos, ando a perder todo um outro Mundo. Acompanhadas por um guitarrista, um violinista e duas bailarinas (connosco na foto), as irmãs Kim e Zoe conquistaram (a custo, é certo) a sala portalegrense.
Uma irmã compõe as músicas alegres para a guitarra, a outra arranca as cantigas mais tristes do piano e fazem as duas aquilo a que se chama twisted folk. Cantaram sobre o avô que morreu, sobre a pessoa de quem mais gostam no Mundo, sobre o aquecimento global e sobre o namorado que as deixou ficar mal. O registo oscilou entre a cantiga de cabaré sob o tom aveludado das luzes vermelhas e a doçura das canções sobre os males de amor. Todo o público foi chamado a participar, quer em partes da letra (It's hot!), quer na própria percussão. As irmãs sabem dizer O que está na caixa?, Boa noite Portalegre e [sic] bacalau. Disseram-se encantadas com a nossa comida e com as pessoas e estiveram disponíveis depois do concerto para fotografias para venderem a sua própria roupa interior. Que maravilhosa surpresa, esta noite.
Uma irmã compõe as músicas alegres para a guitarra, a outra arranca as cantigas mais tristes do piano e fazem as duas aquilo a que se chama twisted folk. Cantaram sobre o avô que morreu, sobre a pessoa de quem mais gostam no Mundo, sobre o aquecimento global e sobre o namorado que as deixou ficar mal. O registo oscilou entre a cantiga de cabaré sob o tom aveludado das luzes vermelhas e a doçura das canções sobre os males de amor. Todo o público foi chamado a participar, quer em partes da letra (It's hot!), quer na própria percussão. As irmãs sabem dizer O que está na caixa?, Boa noite Portalegre e [sic] bacalau. Disseram-se encantadas com a nossa comida e com as pessoas e estiveram disponíveis depois do concerto para fotografias para venderem a sua própria roupa interior. Que maravilhosa surpresa, esta noite.
Depois da primeira noite, houve uma outra - a diferença foi só de dez ou quinze minutos. Os Capitão Fantasma ocuparam o café-concerto para um espectáculo abrasador. Para mim, era outro momento de descoberta porque muito pouco conheço deles, as recordações levam-me até aos meus catorze, quinze anos. Havia malta muito estilizada, naquele estilo rockabilly que sempre associei à música destes rapazes, havia aquele pessoal que cresceu a ouvi-los e agora, já para lá da fronteira dos trinta, reviveu grandes momentos da adolescência. O café-concerto esteve a fervilhar, especialmente quando Bruto subia para cima do monitor e gritava para a massa de rapazes que se empurrava na frente, as cristas a deslizarem e os punhos em riste para cantar as letras todinhas de cor. Esteve Lisboa a arder, as caveiras a serem convocadas para o rock e toda a gente bem disposta. Haja fôlego* para acompanhar esta gente!
* e a ver se hoje ainda resta algum, para o senhor Electronicat.
* e a ver se hoje ainda resta algum, para o senhor Electronicat.
1 comentário:
Excelente os CF em Portalegre.boa terra,bom publico e boa organização.
até o bode ficou admirado.
CF VIVA CADAVER
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