abril 16, 2008

It's a kind of magic...

Lá no escritório, eu tenho a fama de pôr as coisas a funcionar. Sempre que uma folha de cálculo não responde ou a pasta dos Meus Documentos nem sequer aparece, a(s) pessoa (s) chama(m)-me e pede para eu ir até ao seu lugar. Quando chego, coloco-me atrás dela (s) e, miraculosamente, o que antes não funcionava passa a funcionar às mil maravilhas. Mas é sempre, hã? Há quem diga que é por às vezes não ser a pessoa mais simpática do Mundo. Eu cá prefiro pensar que é puro magnetismo sobre as tecnologias.

Aconteceu há dois dias estar num centro comercial com um amigo e o carro dele não pegar. Depois de chegarmos com variadas compras nas mãos, ele meteu a chave na ignição e nada. Nadinha, só um tic tic muito tímido, nada de faísca no motor de arranque. Primeiro, achámos que talvez o carro estivesse quente e que seria preferível esperar um pouco. Mas o tempo arrastava-se, já tínhamos pago o parque há mais de vinte minutos e o carro insistia em ficar sossegado. O atendimento do parque (muito prestável, diga-se de passagem) prontificou-se a enviar a assistência deles, o que nós amavelmente recusámos devido aos potenciais custos.

Portanto, estávamos os dois no carro, perdidos de riso, a ver as horas do jantar a passarem e sem esperança do bicho voltar a funcionar. Quando ficámos fartos de esperar, decidimo-nos pelo evidente: empurrar o carro e tentar que pegasse em andamento. Pedimos ajuda a um jovem que acabara de estacionar: primeiro, olhou desconfiado; depois, percebeu o desespero e resolveu ajudar. Na primeira tentativa, não larguei de imediato a embraiagem e o carro não pegou. Na segunda tentativa, larguei a embraiagem e o carro não pegou. Já tínhamos desistido e o meu amigo tinha-se decidido pela assistência em viagem quando eu, só porque sou a pessoa mais teimosa do Mundo, resolvi voltar a rodar a chave. E o carro pegou. Puro acaso? Talvez. Mas desta vez o acaso granjeou-me grande sucesso entre... bem, entre mim e o meu amigo.

Portanto, o magnetismo não se limita às tecnologias. Estende-se também à mecânica. Acho que vou abrir um consultório.

12 comentários:

cosmonauta disse...

e o jantar a arrefecer ... enfim

Nojento disse...

Já sei a quem hei-de recorrer quando avariar...
Pode ser que com essa facilidade toda me volte a colocar em condições...

M. disse...

A não ser que tenhas alguma parte mecânica/electrónica, duvido que funcione.

A minha experiência ainda não deu resultado em nenhum humano :)

Nojento disse...

E o que leva a ignorar a possibilidade de eu ter um pacemaker instalado?

Já viste...
Terias logo as duas coisas para meteres as mãos à obra... a parte electrónica e a mecânica...

M. disse...

Eu não ignorei essa possibilidade. Até a considerei, se bem que não pelas palavras exactas :)

Sendo um caso especial, poderia mesmo experimentar o efeito num humano... Embora aí esteja mais certa da ausência das minhas capacidades curativas :P

Nojento disse...

Hummm...
Já vi que no final disto tudo a m. não tem confiança nela própria...
Aponta imediatamente para o falhanço mesmo antes de tentar.

Sem stress m.
Pelo pouco que percebo no que me vai no peito, isto até é bastante simples, desde que se respeite o "Handle With Care" lá estampado...

M. disse...

Oh talvez seja assim. Não estou assim tão certa de alguma coisa para o negar.

E sem stress, sim. Não tenhas medo que nem sequer arregacei as mangas :P

Nojento disse...

Não?
Ia jurar que estás de camisola de alsas na foto... Sem mangas...
Bem... será que esta condição no peito me desfoca a vista????

Agora sim... estou com medo!

:o

M. disse...

Precisas, realmente, de um oftalmologista. Aquilo é uma t-shirt, moço! É uma chatice, quando a tua condição do peito te afecta o resto dos sentidos :P

Nojento disse...

Pronto...

Ganhou. Talvez precise. Ou não. De qualquer maneira tenho seguro de saúde... Acho que cobre essas coisas... Patologias do coração, sintomas derivados e afins...
Basta que acerte com a porta da clínica...

Também não tinha prestado a devida atenção à foto da m. em sí.

Fi-lo agora, que a vista se apresenta menos turva...

E o que noto?

É de facto uma t-shirt.
Pulseiras. Muitas e coloridas.

Uma cadeira com um forro azul.
O forro da minha é verde, mas o encosto tem o mesmo objectivo que na tua: acumular roupa.

Vejo um escadote.
Daqueles com piso antiderrapante.
Será a m. diminutivo de "minorca"?
Que necessita do escadote para tudo e mais alguma coisa?

Vejo um teclado.
Vejo penugem no braço.
Vejo uma alsa preta de qualquer coisa (espero não ser a famigerada patologia oftalmológico-peitoral a reaparecer).
Vejo um olhar daqueles "tira agora a foto que eu tou naquela onda de parecer cool"

Noto um lençol com ursinhos azuis...


E porque partes do príncipio que sou moço?

M. disse...

Talvez porque se assinasses nojenta ou outra coisa qualquer mais neutral eu já tivesse mais dúvidas :)

Nojento disse...

Ui... descobriste-me a carapuça...

E eu a pensar que causava aquele impacto de mistério...

Pffff
Que belo Flop...

:D