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É precisamente uma da manhã. Não tenho um relógio com mostrador digital mas consigo sentir o tempo a não avançar, estancado neste quarto emprestado. Revolvi a cama demasiadas vezes para conseguir manter-me deitada e concentrada no sono. Sentei-me no puff preto, que nunca encontrou o seu lugar nesta casa, e deixo que o fresco da noite de Lisboa me torne menos ansiosa. Nunca sei exactamente onde me encontro quando regresso para ficar. Quanto mais penso que devo parar e esvaziar o reservatório de lembranças, mais desperta me sinto e tudo corre a maior velocidade. Conto as horas que faltam até me levantar e sei que o dia amanhã será uma tortura. Talvez não tão grande quanto esta de não saber onde
estou.
*o meu auto-diagnóstico, a minha contribuição para a Ciência.
3 comentários:
Um abraço...
o regresso custa sempre mais...
=/ é sempre complicado...
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