O começo destas duas semanas de férias foi... diferente. Rumámos até à Azinhaga, aldeia apelidada de 'mais portuguesa do Ribatejo', para as festas populares. Comecei, portanto, as férias com uma série de coisas às quais (normalmente) não iria assistir: largadas de touros, quermesses de igreja e ranchos folclóricos.
Sobre as largadas de touros, a minha opinião permanece intacta. Não gosto de largadas nem de touradas nem de picarias nem de corridas. Não suporto ver a forma como tratam os animais, mesmo que me justifiquem aqueles gestos dizendo que o touro, com os seus novecentos quilos de peso, não sente nada. Não aprecio os falsos gestos de coragem dos que fingem enfrentar o touro para, prontamente, galgarem as grades em busca da segurança. Posso até perceber que aquilo faz parte da tradição e que une a população em torno de uma actividade comum mas não consigo gostar. Não me peçam isso.
As quermesses da igreja não me despertavam muita curiosidade mas desta vez decidi participar. Voltei a ficar sem grande curiosidade quando, depois de setenta e tal rifas, saímos de lá de mãos a abanar. Não é engraçado.
Já os ranchos folclóricos tiveram em mim um efeito diferente. Acho que não me lembro de alguma vez ter estado num destes espectáculos de livre vontade, para realmente ver os ranchos. Desta vez fiquei e gostei bastante, para minha própria surpresa. Vimos as actuações dos ranchos de Vieira de Leiria, Nazaré, Quelfes e Azinhaga enquanto comíamos um churro recheado de chocolate. O rancho algarvio levava um conceito bastante diferente dos outros grupos, baseando a sua actuação no folclore misturado com um espectáculo de comédia. A média de idades de todos os ranchos era surpreendentemente baixa, o que acho um bom sinal: mantém-se a tradição que vale a pena manter.
E agora, se me dão licença, vou ali gozar duas semanas inteirinhas de férias. Que é como quem diz Vou ali mas já venho.
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