Bocejo insistentemente depois de acordar do torpor em que se transformou esta tarde. Sou devolvida a esta luz frouxa de um dia gelado ainda debaixo do véu pernicioso dos gins tónicos de ontem. À memória, saltam-me o final de noite com o coração a duzentas e quarenta batidas por minuto num largo deserto e obviamente silencioso e o banco tardio onde repousamos o pequeno-almoço, pouco abrigados do frio mas ainda sob os efeitos do Sol. Ainda ensonada, experimento um vestido doze quilos depois e experimento também uma inevitável sensação de triunfo em frente ao espelho, desfilando para a minha mãe. Estou dividida entre o calor dos aquecedores e o frio da tijoleira do meu quarto, alternando as cavas da camisola com as mangas dum casaco preto.
É o dia em que comemoramos a liberdade mas também o dia em que sinto o gosto indescritível de já não ser livre. E é noite de música mas tarda a companhia. Voltei a contar as horas para o coração acelerar.
É o dia em que comemoramos a liberdade mas também o dia em que sinto o gosto indescritível de já não ser livre. E é noite de música mas tarda a companhia. Voltei a contar as horas para o coração acelerar.
1 comentário:
febre, só se for Febre da Dança... pffff!
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