Não passariam mais do que dez minutos das dez da noite. As malas estavam feitas, não foi preciso mais do que me enfiar no carro e fazer-me ao caminho. A auto-estrada mais não era que uma interminável língua negra debaixo de chuva, ora miudinha, ora intempestiva. Guiava-me pelo traço que separava as faixas como se fosse o fio que me devolvia ao centro do labirinto. Quase não trocámos palavras durante duas horas. A salvarem-me de me abandonar à tristeza apenas um concerto integral dos Pearl Jam num rádio qualquer e a ideia de uns braços estendidos à minha espera. Ele tinha finalmente sossegado a pieira a que chamavam agora respiração e eu passaria inevitavelmente a falar de alguém no passsado.
Descansa, agora.
Descansa, agora.
8 comentários:
um abraço apertadinho, no teu coraçao. CORAGEM!
:S Beijinho*
Abraço.
Lamento muito! Falar de alguém no passado custa muito quando esse alguém é objecto do nosso amor. Mas este sentimento estará sempre presente e espero que retires daí algum conforto.
um beijinho
Outro abraço...
Obrigada pelos vosso abraços e pelas vossas palavras de conforto. Saber que há alguém desse lado ajuda a serenar a dor.
:)
Lamento, M.
Muito bonito.
Um abraço, C.
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