I want to strangle the stars for all they promised me.
É quando, a meio de uma conversa, damos conta que não sabemos que aquelas palavras estavam cá dentro à espera de serem ditas e nos assustamos com a frieza com que as ouvimos. De repente, ouvimo-nos a falar e ficamos com medo de sermos assim: frios, emocionalmente incapazes, aleijados. Na cara que está à nossa frente deixamos de ver o sorriso, que dá lugar a uma espécie de terror silencioso. Tudo o que esperávamos era uma reacção violenta, tudo o que conseguimos realmente é um pedaço de destruição. Está tudo mal quando queremos ser arrebatados em vez de acarinhados, quando queremos um mundo sem laços em vez de um olhar familiar. Está tudo errado quando rejeitamos proteger porque desejamos ser protegidos. Está tudo desorientado quando o coração se derrete mais com a insolência do que com a doçura. Eu sei exactamente o que não me faz feliz mas nem por isso consigo afundar-me menos. Não encontrei nenhuma redenção onde ela se parecia esconder: só consegui uma imagem mais clara e mais assustadora de mim mesma.
Done with the dark boys, through with the dark boys, I swear this'll be the last one.
Fui buscar o Liquid, dos Recoil, para me sentir ainda mais viciosa e perdida. Estas músicas manipulam os meus pensamentos e fazem-me sentir que sou apenas carne. Agora que escrevo isto percebo porque quis ouvi-las: quis esquecer-me que tenho um coração.
*ou um carrossel de emoções por onde me passeio dia sim, dia não, sem a mínima noção de quando vou parar ou sem saber que grande felicidade ou que infinita tristeza aí vem.
1 comentário:
Ah! Grande cd e grandes músicas! É tão raro encontrar alguém que conheça Recoil. E as letras...as letras têm muito que se lhe diga, principalmente quando as fazemos como parte da nossa vida (done with the dark boys é algo que às vezes canto compulsivamente, assim como quem se quer convencer... ;p)
Bem hajas (vim aqui ter através do minimovment da sagres e não podia de deixar comentar Recoil;])
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