Não acredito que já está. Não quero imaginar sequer que segunda-feira volta a ser dia de acordar com escuro ainda lá fora, ir de olhos fechados até à cozinha e preparar o pequeno-almoço às cegas. Não quero regressar e responder mil vezes que as férias foram boas mas curtas, como sempre, como toda a gente responde, como todas as vezes que estou longe daquele sexto andar. A única coisa que me conforta é que já comprei o jornal hoje para espreitar as ofertas de emprego e que resolvi finalmente tentar mudar de vida. Preciso urgentemente de mudar, de sentir o sangue fresco a correr nas veias, do coração a palpitar de ansiedade. Estar confortável não chega, quero mais que isso. E, só por isso, que venha segunda-feira que já estou com um bocadinho de pressa.
[já para não falar da embrulhada em que anda esta cabeça e de como, se calhar, até preciso trabalhar para tentar ocupar a minha cabeça durante oito horas por dia e não deixar espaço para estas loucuras que me andam a roubar o sono e a acelerar o coração]
[já para não falar da embrulhada em que anda esta cabeça e de como, se calhar, até preciso trabalhar para tentar ocupar a minha cabeça durante oito horas por dia e não deixar espaço para estas loucuras que me andam a roubar o sono e a acelerar o coração]
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