abril 16, 2009

Não passariam mais do que dez minutos das dez da noite. As malas estavam feitas, não foi preciso mais do que me enfiar no carro e fazer-me ao caminho. A auto-estrada mais não era que uma interminável língua negra debaixo de chuva, ora miudinha, ora intempestiva. Guiava-me pelo traço que separava as faixas como se fosse o fio que me devolvia ao centro do labirinto. Quase não trocámos palavras durante duas horas. A salvarem-me de me abandonar à tristeza apenas um concerto integral dos Pearl Jam num rádio qualquer e a ideia de uns braços estendidos à minha espera. Ele tinha finalmente sossegado a pieira a que chamavam agora respiração e eu passaria inevitavelmente a falar de alguém no passsado.

Descansa, agora.

8 comentários:

*abobora menina* disse...

um abraço apertadinho, no teu coraçao. CORAGEM!

Pilipa disse...

:S Beijinho*

K. disse...

Abraço.

R. disse...

Lamento muito! Falar de alguém no passado custa muito quando esse alguém é objecto do nosso amor. Mas este sentimento estará sempre presente e espero que retires daí algum conforto.

um beijinho

caracoleta violeta disse...

Outro abraço...

M. disse...

Obrigada pelos vosso abraços e pelas vossas palavras de conforto. Saber que há alguém desse lado ajuda a serenar a dor.

:)

Meow disse...

Lamento, M.

Anónimo disse...

Muito bonito.
Um abraço, C.