...morning. ... sight*. ... city.
Um dia que começou envergonhado por ainda apresentar algum azul no céu acabou feito num dia alagado e submerso em nevoeiro - um perfeito dia de Inverno. Continuamos a saltar estações e cada vez mais me convenço, como nos livros da Mafaldinha, que há homens a mexer nas nuvens. O trabalho que fluiu demasiado bem para ser verdade e, mesmo assim, tanto que ficou por fazer (lentamente, torno-me numa mestra do Outlook e decoro o meu calendário com dezenas de coisas que esqueci, recados que me deram, pedidos que ficaram por verificar). Treze alemães de sandálias e boné, entre homens e mulheres, representantes das nossas lojas na Alemanha, pois claro, a olharem para nós. O cheiro a aguardente logo que entraram não deixava mentir e a sobranceria com que nos olharam também não: para eles, somos o terceiro Mundo da Europa. Um Glorioso que não envergonhou mas desconsolou (já não sei exactamente quando é que o futebol perdeu quase toda a magia para mim, se na sucessão de derrotas, se no acumular de lugares medianos).
A noite está safa: vai começar a sessão dupla na 2: e há uma garrafa de tinto alentejano à minha espera na cozinha. Venha de lá esse touro enraivecido.
* Parque Eduardo VII, hoje, enquanto o dia nascia.
A noite está safa: vai começar a sessão dupla na 2: e há uma garrafa de tinto alentejano à minha espera na cozinha. Venha de lá esse touro enraivecido.
* Parque Eduardo VII, hoje, enquanto o dia nascia.