maio 24, 2008

Karseron + Wintermoon

Ontem foi a noite mais estranha a que assisti até hoje no espaço da Quina das Beatas. É uma fotografia intencionalmente negra, como que a espelhar a música que ouvimos ali (e que podem experimentar aqui e aqui) e ir de encontro à sequência das projecções que a acompanhava. Eu não sou uma pessoa negra: o máximo que consigo é ouvir algumas coisas com as quais cresci mas das quais me libertei assim que me abriram outros mundos. Talvez por isso, a música de ontem não me deixou nenhuma memória especialmente relevante - ouvi-la era andar quinze anos para trás, quando os cabelos eram muito compridos, as calças muito apertadas, as vozes guturais e esta era a música da rebelião. Acho, em todo o caso, que uma noite destas já merecia ter acontecido e, quem diz deste género, diz de outros que possam agradar apenas a faixas muito específicas de assistência. Assistência (aparentemente) acima da média na noite de comemoração do feriado municipal, portanto terá sido uma aposta ganha.

1 comentário:

Anónimo disse...

Gostava apenas de dizer duas coisas: 1) Adjectivaste a nossa música como negra e ligaste-o à teoria de quem a ouve (e quem a faz) serem pessoas negras. Nada poderá estar mais longe da verdade. O facto que verbalizarmos a "nossa parte negra" através da música, faz com que sejamos muito menos negros no nosso dia-a-dia (já para não falar das fortunas que poupamos em terapia). E o facto de termos enveredado por esta via (já lá vão quase vinte anos) nunca nos fechou as portas a outros mundos...

2)Obrigado por teres mencionado a projecção.

P.s. se tiveres mais algumas fotos, agradecia-mos cópias.

Cumprimentos,

Karseron