Com a cabeça a andar à roda. Desesperadamente desejando dormir uma noite inteira, seguida, ininterruptamente. Como um borrão sobre uma parede lisa. A necessitar preencher o mapa das férias que hoje me chegou às mãos. Em equilíbrio precário. Incapaz de não ouvir sempre a mesma coisa. Hiper-consciente de si mesmo. Desdenhando da vaga de frio que aí vem para nos lembrar como se vive noutras paragens. Cansado da corrida, da bicicleta fixa, dos saltos num step perdido no jardim. A meio caminho entre a cama e o sofá. E a meio caminho entre a alegria de olhar em frente e a tristeza intermitente de se desejar o que não se pode ter.
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