Não é que eu odeie quando o plano não dá certo. O que me irrita mesmo é quando o plano nem sequer vai para a frente, quando toda a sequência que imaginámos é interrompida inesperadamente e ficamos a meio, sem saber muito bem o que fazer. Ontem aconteceu exactamente isso e eu fiquei a dever uma noite a mim mesma, fechada no quarto, sem ler nem ver filmes, sem beber cerveja excessivamente gelada ou ouvir o rock fracturante dos anos setenta. Em compensação, ganhei horas de conversa da tanga, ouvi e disse coisas que só mesmo são permitidas num Sábado à noite, coisas de corar mas de dormir mais tranquila. Há uma espécie de laço invisível a unir as pessoas que resolvem não sair ou não querem distrair-se sozinhas, uma espécie de compreensão implícita, um acordo tácito que selamos a partir do momento em que admitimos que estamos sós. E o que vem depois disso... Bem, depois disso as quatro da manhã são o limite. O que se pensa antes de se adormecer fica apenas entre nós.
(os peixe:avião tocaram ontem no CAEP e eu não fui)
(os peixe:avião tocaram ontem no CAEP e eu não fui)
2 comentários:
devias ter ido....a cerveja excessivamente gelada estava óptima :)
Podias ter vindo ao Barreiro connosco. Foi uma grande malha***
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