O meu pai gostava que uma de nós fosse advogada e a outra engenheira. Não exactamente por ordem mas era com isto que ele sonhava. Além disso, ele também gostava de ter tido um filho. Ele nunca o disse nem nunca demonstrou um pingo de amargura por só ter duas miúdas, por lhe faltar a companhia de outro homem em casa. Mas que gostava de um pilas, gostava.
Portanto, não estranho quando ele me chama para ajudar nos momentos de bricolage. Ele sabe que sei distinguir entre uma chave inglesa, um busca-pólos ou uma chave Philips. E sabe que me ajeito a ler livros de instruções, a montar móveis e a medir caixilhos. Para as necessidades, deixou-me aqui em casa uma mini caixa de ferramentas para que me possa sempre desenrascar. E também é normal que ele comente os jogos do Benfica, jogada a jogada. Que aquele não sobe, que o outro não recupera depois do ataque, que o não sei quantos não vira o flanco. Irrita-se com as borboletices do Nuno Gomes e a atrapalhação do Luisão e nem sei se gosta do treinador. Muitas vezes não entendo do que está ele a falar (então mas aquele gajo agora é médio ofensivo?) mas consigo safar-me. Não o suficiente para brilhar noutras conversas, mas o suficiente.
E ontem, quando montámos a box lá em casa, faltavam as soluções para a manter funcional - cesto da roupa e caixote sobre banco e cadeira, check. E não consegui evitar os comentários sobre as perdas de bola e sobre as substituições tardias. Por isso, e com esta pesada herança genética, fiquei um bocadinho aborrecida com o jogo, porque não é preciso ser um génio para compreender que aquilo foi uma roubalheira. Ainda hoje, dizia o meu pai ao telefone Tu viste-me bem aquilo? Na cara do árbitro? e eu sorri e concordei com ele.
Portanto, não estranho quando ele me chama para ajudar nos momentos de bricolage. Ele sabe que sei distinguir entre uma chave inglesa, um busca-pólos ou uma chave Philips. E sabe que me ajeito a ler livros de instruções, a montar móveis e a medir caixilhos. Para as necessidades, deixou-me aqui em casa uma mini caixa de ferramentas para que me possa sempre desenrascar. E também é normal que ele comente os jogos do Benfica, jogada a jogada. Que aquele não sobe, que o outro não recupera depois do ataque, que o não sei quantos não vira o flanco. Irrita-se com as borboletices do Nuno Gomes e a atrapalhação do Luisão e nem sei se gosta do treinador. Muitas vezes não entendo do que está ele a falar (então mas aquele gajo agora é médio ofensivo?) mas consigo safar-me. Não o suficiente para brilhar noutras conversas, mas o suficiente.
E ontem, quando montámos a box lá em casa, faltavam as soluções para a manter funcional - cesto da roupa e caixote sobre banco e cadeira, check. E não consegui evitar os comentários sobre as perdas de bola e sobre as substituições tardias. Por isso, e com esta pesada herança genética, fiquei um bocadinho aborrecida com o jogo, porque não é preciso ser um génio para compreender que aquilo foi uma roubalheira. Ainda hoje, dizia o meu pai ao telefone Tu viste-me bem aquilo? Na cara do árbitro? e eu sorri e concordei com ele.
9 comentários:
só faltaram as mensagens!! :D
(L)
Se por "roubalheira", te referes ao penalty não assinalado do reyes mago sobre o Lucho, concordo plenamente contigo.
:p
Sorry. Esta não é decididamente uma boa forma de acabar a "seca". :D
lá em casa no natal o meu pai manda-me prá cozinha ajudar a minha mãe. queres trocar?
Agora também falas de futebol? Não me parece o melhor início....
O penalti foi limpinho, desculpem lá. :D
Bem, não sabia que os leitores deste blog se resumiam a um covil de portistas... ;)
:D
Aqui há-os que não são, vamos lá a ver... vermelhusca desde sempre. Mas sei, porque sei, onde aprendeste coisas de electricidade (eu tb mudo tomadas la em casa, a diferença é que o meu pai fica a ver).
Beijos
Por favor, nunca mais escrevas "sabe que me ajeito (qualquer coisa) a montar" . O Messi fez uma jogada de antologia no jogo contra a França e por tua causa eu nem reparei.
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