Ontem foi mais uma noite de jazz. Tentar absorver tudo o que se passa em cima do palco é um exercício muito estimulante para os sentidos. Tentar isolar os instrumentos, seguir o ritmo, adivinhar para onde está a caminhar aquele som - é música para pensar. Em alguns momentos, pensei que os meus tímpanos não resistiam ao saxofone de John Zorn mas imediatamente me esquecia disso com o abanar de ancas de Cyro Baptista (e a sua incrível parafernália de instrumentos nunca vistos, sempre deixando escapar as suas raízes brasileiras) ou com o som único das TTUKUNAK, que se desdobravam em braços que se lançavam depois sobre a madeira, a pedra e o metal. Parte do público ainda arriscou também a presença no café-concerto para ver o Rodrigo Amado Motion Trio, que não entusiasmaram tanto mas que ainda assim me fizeram vibrar nos momentos de maior caos e turbulência. Continuo a achar que há uma fronteira quase impenetrável a separar-me do jazz mas, quem sabe, um dia eu chego lá.
* e todos os outros músicos que tocaram ou ainda vão tocar no último fim de semana do Jazzfest.
* e todos os outros músicos que tocaram ou ainda vão tocar no último fim de semana do Jazzfest.
5 comentários:
a portalegre vão tantos que não passam aqui por estes lados da capital...
:-(
Então que tal fazer as malas e um dia conheceres o CAEP? Just asking...
:)
Não os conhecia; ouvi-os aqui. Confesso que gostei mas não amei, como dizem os brasileiros. Acredito, no entanto, que ao vivo sejam diferentes!
Beijos
tive para ir a quando dos kronos quartet... pena terem cancelado... vi depois em lx
tenho que ir lá um dia destes..
:) programa bem interessante.
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