Eu pensava que era um lugar comum mas afinal é verdade. Esta malta começa a ver os dias a ficarem mais longos, a temperatura a subir às casas das duas dezenas, a oportunidade de reaver decotes e calções e toca de ir correr um bocadinho. De Setembro até agora, muitos foram os dias frios, com aquela humidade que me deixava nervosa e se colava à pele em que corri no escuro. Fui conhecendo as caras de quem arriscava também palmilhar os caminhos sinuosos do jardim da Estrela, mesmo quando essas caras se escondiam do frio debaixo de um capuz ou de um gorro cuidadosamente enfiado até aos olhos. Há até uma pessoa a quem cumprimento, tantas foram as vezes com que me cruzei com ela e com o Igor, um labrador lindo que corre mais que a dona.
Correr é muito libertador mas, melhor que tudo, é muito barato. Aliás, é de graça. Basta calçar uns ténis, escolher uma roupa mais confortável e o Mundo é meu. Posso correr entre os carros que estacionam em cima do passeio, a caminho do talho, antes de perder o eléctrico, à volta do meu quarteirão. Eu demorei muito tempo a encontrar um ritmo, uma constante força de vontade mas acho que lhe apanhei o jeito e agora sinto-me inquieta quando não calço os ténis. É que correr dá resultados, além de me proporcionar muito tempo para pensar, ou melhor, para esvaziar a minha cabeça de coisas sem sentido e concentrar-me apenas em suar mais.
E agora que sentem que o Verão vai chegar, mais mês menos mês, as pessoas começam a ganhar mais confiança. E pensam que vão estar prontas para a escassez de roupa num ou dois meses. Eu gosto de me cruzar com os corredores cujo equipamento cheira a lavado, o casal onde a senhora anda a reboque do marido, o rapaz que se quer sempre exceder, a senhora que anda bem devagar. Andamos todos à procura do mesmo: uma figura mais esguia, uma noite de sono mais profundo, uma prolongada sensação de bem estar. Às vezes, procuramos todos os objectivos simultaneamente. E ver resultados só dá vontade de ultrapassar os nossos limites. Cada vez mais forte, hipoteticamente mais sã.
Correr é muito libertador mas, melhor que tudo, é muito barato. Aliás, é de graça. Basta calçar uns ténis, escolher uma roupa mais confortável e o Mundo é meu. Posso correr entre os carros que estacionam em cima do passeio, a caminho do talho, antes de perder o eléctrico, à volta do meu quarteirão. Eu demorei muito tempo a encontrar um ritmo, uma constante força de vontade mas acho que lhe apanhei o jeito e agora sinto-me inquieta quando não calço os ténis. É que correr dá resultados, além de me proporcionar muito tempo para pensar, ou melhor, para esvaziar a minha cabeça de coisas sem sentido e concentrar-me apenas em suar mais.
E agora que sentem que o Verão vai chegar, mais mês menos mês, as pessoas começam a ganhar mais confiança. E pensam que vão estar prontas para a escassez de roupa num ou dois meses. Eu gosto de me cruzar com os corredores cujo equipamento cheira a lavado, o casal onde a senhora anda a reboque do marido, o rapaz que se quer sempre exceder, a senhora que anda bem devagar. Andamos todos à procura do mesmo: uma figura mais esguia, uma noite de sono mais profundo, uma prolongada sensação de bem estar. Às vezes, procuramos todos os objectivos simultaneamente. E ver resultados só dá vontade de ultrapassar os nossos limites. Cada vez mais forte, hipoteticamente mais sã.
5 comentários:
Oh yeahhh ... correr é tão fixe ... é bom para fugir dos cães com segurança.
Desconhecia este interesse comum! Domingo, conto contigo na meia-maratona?
Sabes afilhado, não sou uma corredora da tua estirpe. Gosto de correr mas devagarinho ;)
Mas, em minha defesa, já participei na mini maratona uma vez. Com direito a medalha e tudo :P
Também tenho saudades...
Chegar aos 30 na melhor forma física de sempre, you and me :P
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